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Mais de metade da produção mundial de petróleo reunida

São 16 os países que participam este domingo, 17 de Abril, numa reunião em Doha, no Qatar, para discutir um acordo de congelamento da oferta de petróleo.

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Will the OPEC Meeting in Doha Garner a Deal?
16 de Abril de 2016 às 23:30
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A Rússia, a Arábia Saudita e outros membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) estarão reunidos este domingo, 17 de Abril, para tentar chegar a um acordo para congelar a oferta de petróleo. Esta aparente concessão da Arábia Saudita na sua estratégia de preços baixos tem impulsionado as cotações do barril. Mas, o cepticismo sobre a eficácia deste acordo para reequilibrar o mercado petrolífero é elevado. Os preços podem subir, mas pouco, antecipam os analistas.


A reunião de domingo surge dois meses depois do primeiro encontro em Doha, a 17 de Fevereiro, em que a Arábia Saudita, a Rússia, a Venezuela e o Qatar discutiram um acordo para congelar a produção nos níveis do mês anterior. Nesta altura, os preços estavam próximos de mínimos de 12 anos, abaixo dos 30 dólares por barril. Desde então, com a expectativa de uma intervenção dos maiores produtores para equilibrar o mercado, os preços já avançaram 38% para os 44 dólares, em Londres.

Se bem que Arábia Saudita e Rússia já estejam a produzir próximo de máximos históricos, a OPEP, enquanto cartel, irá, acreditam os analistas, continuar a aumentar a produção nos próximos meses, nomeadamente o Irão e a Líbia. 

Estes dois países, que são os que têm maior capacidade para aumentar a oferta, face aos níveis actuais, não irão participar no acordo. Um factor que pode condicionar o entendimento, caso os países, como a Arábia Saudita, insistam que todos têm que participar. O recente levantamento do embargo às exportações do Irão torna muito improvável um recuo do país. Em Março, o Irão voltou a aumentar a produção em 140 mil barris, impulsionando a oferta total do grupo para 32,25 milhões de barris, revelou o cartel no último relatório mensal. E é por isso que a palavra "congelar" pode não ser a mais certa nesta reunião. 

E mesmo que o acordo seja alcançado, o grupo de países pode aumentar legitimamente a produção, já que os valores de Março são inferiores aos registados em Janeiro, em que a produção de petróleo da OPEP esteve próxima de máximos históricos.




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