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Três factores que estão a impulsionar o petróleo
O petróleo segue a valorizar e já quebrou a fasquia dos 40 dólares em Nova Iorque. Em Londres negoceia em máximos de quatro meses. A redução da oferta, a reunião de produtores e a queda do dólar estão a impulsionar as cotações.
O preço do petróleo está a subir nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, já quebrou a fasquia dos 40 dólares. Segue a valorizar 0,97% para 40,70 dólares. O Brent, negociado em Londres, transacciona em máximos de quatro meses. Sobe 1,40% para 43,43 dólares por barril. Conheça três motivos que estão a motivar a subida dos preços do barril.
Queda da produção nos EUA
A produção de petróleo de xisto nos EUA, que esteve na origem do aumento da oferta no mercado, está em queda. A oferta nas maiores regiões produtoras nos EUA deverá cair para 4,84 milhões de barris por dia, em Maio, estima a Administração de Informação de Energia dos EUA, citada pela Bloomberg. Este seria o nível mais baixo desde Julho de 2014, meses antes da decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), em Novembro, de manter a oferta inalterada e assim fazer cair os preços.
Apesar desta previsão, a agência governamental deverá revelar esta quarta-feira um aumento das reservas de petróleo na semana passada, indica o inquérito conduzido pela Bloomberg.
Reunião em Doha cria expectativas
O encontro entre os membros da OPEP e outros grandes produtores de petróleo, como a Rússia, em Doha, no Qatar, que se realiza este domingo tem impulsionado os preços. Ainda que seja improvável que os participantes cheguem a um acordo nesta reunião para congelar a produção, o encontro é visto pelos analistas como um sinal de que os grandes produtores estão disponíveis para começar a responder aos preços baixos da matéria-prima.
Dólar fraco torna petróleo mais atractivo
O dólar tem estado a desvalorizar, após os sinais reforçados da Reserva Federal dos EUA sobre uma subida gradual dos juros este ano. O índice da Bloomberg para o dólar, que segue a moeda face a dez congéneres, está a transaccionar próximo de mínimos de nove meses e o euro vale 1,14 dólares. O recuo do dólar, a moeda em que é transaccionada a matéria-prima, torna assim a negociação mais atractiva, puxando pelos preços.