Os combustíveis têm registado fortes subidas nas últimas semanas, acompanhando a valorização das cotações nos mercados internacionais. Estão em alta numa altura em que o petróleo toca máximos do ano, já bem acima dos 40 dólares por barril. Na próxima semana haverá um novo agravamento dos valores de venda nos postos nacionais. A subida será mais forte na gasolina, mas deverá acabar com os preços do diesel a menos de um euro.

Enquanto a gasolina registou uma valorização de 10% nos mercados, face à média da semana anterior, com o preço da tonelada métrica a avançar para 424 euros, no caso do gasóleo houve um agravamento de 13%. Subidas acentuadas que reflectem a forte valorização das cotações do petróleo numa altura em que parece mais provável um acordo entre a Rússia e a Arábia Saudita para o congelamento da produção. O resultado? Petróleo em máximos do ano.

Estas variações expressivas nos mercados vão ditar subidas também elas acentuadas nos valores de venda dos combustíveis nos postos de abastecimento. De acordo com os cálculos do negócios, a gasolina poderá registar uma subida de 3,5 cêntimos por litro a partir do arranque da próxima semana, naquela que será a oitava semana consecutiva de agravamento dos preços. O diesel pode subir até quatro cêntimos por litro, depois de ter descido.

Mas enquanto a subida da gasolina deverá superar a fasquia dos 1,40 euros, em média, voltando a níveis de Agosto, no caso do diesel deverá assistir-se ao desaparecimento dos preços de cêntimos. Se o aumento que será implementado nos postos de abastecimento levará o preço médio para mais de 1,10 euros (está em 1,082 euros, de acordo com a DGEG), os postos que resistem em valores abaixo de um euro estão já muito perto dessa fasquia.

Segundo o site precoscombustiveis.dgeg.pt, da DGEG, o mais barato do país, o Intermarché de Vila Real de Santo António, vende o litro de gasóleo a 0,989 euros. Com mais quatro cêntimos, o preço de venda irá aumentar até aos 1,029 euros, terminando-se assim com um longo período em que os condutores conseguiram nos postos das superfícies comerciais colocar mais litros do que euros pagos pelo combustível.