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China pondera proibir exportação de tecnologia usada para refinar terras raras
Pequim está a planear emendas à lista de restrições às vendas ao exterior de tecnologia, atualizada pela última vez em 2020. E, segundo o Nikkei, a revisão vai ou banir ou restringir as exportações de tecnologia para refinar elementos das terras raras.
A China está a estudar a hipótese de proibir a exportação de tecnologias de ponta utilizadas para processar e refinar metais de terras raras, num movimento interpretado como resposta às restrições impostas pelos Estados Unidos que lhe dificultam o acesso a equipamentos para o fabrico de "chips".
Segundo o Nikkei, as autoridades estarão a planear emendas à lista de restrições às vendas ao exterior de tecnologia, atualizada pela última vez em 2020, e a revisão vai ou banir ou restringir as exportações de tecnologia para refinar elementos das terras raras. Há também propostas no sentido de proibir ou limitar as vendas ao exterior de tecnologias usadas para produzir ímanes de alto desempenho a partir de metais de terras raras, que têm uma série de aplicações, servindo por exemplo os motores de veículos elétricos ou de turbinas eólicas.
A China detinha um peso de cerca de 70% dos metais de terras raras produzidos em todo o mundo no ano passado, contra aproximadamente 90% na década anterior, de acordo com dados dos Estados Unidos.
O governo chinês procura transformar o país numa super potência de fabrico de alta tecnologia capaz de competir com os Estados Unidos. Dado que a China está atrás dos Estados Unidos no que toca aos semicondutores avançados, "é provável que venha a usar as terras raras como moeda de troca já que as terras raras são o ponto fraco do Japão e dos Estados Unidos", assinalou fonte da indústria de recursos minerais ao mesmo jornal.