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China quer formar dois gigantes de terras raras para ganhar poder nos mercados globais
A China tem planos para formar duas empresas de grandes dimensões na área das terras raras, com o objetivo de ganhar poder nos mercados mundiais. A ideia passará por consolidar todas as empresas ligadas à produção destes metais nestas duas empresas.
A China estará interessada em juntar as empresas ligadas à área dos metais de terras raras em duas companhias de grandes dimensões. A informação é avançada pela agência Bloomberg, que cita fontes com conhecimento destes temas.
Ao criar duas gigantes - uma para a zona norte e outra para o sul do país -, Pequim espera poder ganhar uma maior margem de manobra no tema dos preços nos mercados mundiais. A China é o maior produtor mundial de metais raros - um grupo de 17 elementos onde se incluem o lantânio e o escândio, por exemplo.
Segundo a agência, a China terá interesse em dividir a responsabilidade da produção e processamento destes metais raros entre as duas empresas. No entanto, ainda não é conhecida quando é que esta possível fusão entre empresas poderá acontecer.
Pequim tem estado a reestruturar a indústria ligada aos metais raros há já alguns anos; desses trabalhos já resultaram seis empresas de grandes dimensões, todas elas controladas pelo Estado chinês.
Através da consolidação de empresas, a China espera conseguir manter o domínio global nesta área dos metais estratégicos, especialmente num momento em que tanto os EUA como a Europa tentam desenvolver as suas próprias produções e cadeias. A grande ambição destes blocos passa por uma menor dependência da economia chinesa.
A Bloomberg refere que as principais entidades responsáveis por esta área de metais de terras raras não prestaram declarações sobre o tema.
Estes metais têm um papel de relevo em diversas indústrias, desde a produção de bens de consumo até à área militar. A importância destes metais saltou à vista quando, em 2019, a China utilizou esta indústria como uma arma de arremesso na guerra comercial com os Estados Unidos.
A procura por terras raras tem crescido nos últimos anos. Este verão, os preços do neodímio e do praseodímio atingiram os valores mais elevados da última década.