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Clarificação da estratégia aplaudida pelo mercado

Na semana em que esteve à "caça" de novos investidores nos Estados Unidos, as acções da Martifer estiveram em grande destaque na bolsa nacional. Nas últimas cinco sessões, o título valorizou cerca de 14%, a reflectir as perspectivas optimistas para o...

13 de Outubro de 2009 às 09:45
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Martifer | A empresa liderada por Carlos Martins sente os efeitos da retoma.

Depois das alterações estratégicas anunciadas em Agosto, o mercado aguarda "Dia do Investidor".



Na semana em que esteve à "caça" de novos investidores nos Estados Unidos, as acções da Martifer estiveram em grande destaque na bolsa nacional. Nas últimas cinco sessões, o título valorizou cerca de 14%, a reflectir as perspectivas optimistas para o negócio apresentadas pelos seus responsáveis. As alterações estratégicas, anunciadas no final de Agosto, somadas ao encaixe relativo à venda da posição na alemã Repower, também têm proporcionado ganhos a este título.

A empresa de Oliveira de Frades, que se estreou na bolsa nacional em Junho de 2007, tem nas estruturas metálicas o ponto de partida da sua actividade. A esta área de negócio juntou, posteriormente, os equipamentos de energia, geração de electricidade e biocombustíveis. Esta última área foi frequentemente questionada pelos analistas, devido à elevada dependência de subsídios e à escalada dos preços das matérias-primas agrícolas.

No final de Agosto, aquando da apresentação dos resultados semestrais, a Martifer anunciou que reduziu o interesse no negócio da área da agricultura e bicombustíveis, representada pela Prio, da qual detém 60%. Esta companhia passou a ser considerada "unidade operacional detida para venda".

A companhia pretende, assim, concentrar os seus recursos humanos e financeiros nas áreas das estruturas metálicas e energias renováveis. Esta alteração de rumo foi aplaudida pelos analistas. Na sequência do anúncio, Teresa Caldeira, analista do Caixa BI, avançou, em nota de análise, que esta decisão dá "um sinal positivo para o mercado e para os investidores", sublinhando "o compromisso da gestão com as áreas percepcionadas como 'core' para a empresa e com sinergias entre si". O Millennium Investment Banking (IB), numa nota intitulada de "Finalmente!!", também enaltece a opção. "Finalmente a empresa anunciou que o negócio de Biocombustiveis não encaixa no 'portfolio' da Martifer e requalificou-o, como um negócio para venda", afirmou o analista António Seladas.

Dando seguimento à aposta nas renováveis, a Martifer realizou, na semana passada, um "roadshow" de três dias nos EUA. O objectivo foi promover os negócios que vai ter no país na área da energia. Em Junho, a sua "sub-holding" para a área dos equipamentos para energia, a Martifer Energy Systems, e a Hirschfeld Wind Energy Solutions, anunciaram uma "joint venture" para a produção de componentes para energia eólica naquele país, para abastecer os mercados da América do Norte. Esta aposta no mercado norte-americano vai permitir tirar partido do programa de incentivo à utilização das renováveis, lançado pela administração de Barack Obama.

Também na semana passada, Mário Couto, administrador financeiro da Martifer, avançou à agência Reuters que a companhia começa a sentir os efeitos da retoma económica no seu negócio "core", que já tem uma carteira de encomendas "confortável" para os próximos dez meses. O mercado aguarda agora o "Dia do Investidor" que a empresa realiza a 23 de Outubro, quando deverá anunciar o plano de investimento para 2010.

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