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Acções nacionais - Conheça as melhores apostas

As cotadas com exposição internacional e menores necessidades de financiamento a curto prazo recolhem a preferência dos analistas. PT, Sonae e Jerónimo Martins são algumas das escolhidas

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Nos primeiros oito meses do ano, a bolsa portuguesa foi uma das mais "castigadas" no Velho Continente. A fuga dos investidores estrangeiros devido à elevada percepção de risco do país justificou perdas elevadas e não se prevê um alívio destes receios nos meses que faltam até ao final de 2010. Mesmo neste ambiente repleto de desafios há acções que podem ter um melhor desempenho.

Empresas com balanços sólidos, exposição geográfica diversificada e com menores necessidades de financiamento a curto prazo serão a melhor resposta para enfrentar um período que se adivinha muito difícil para a economia nacional. Portugal Telecom (PT), Brisa, Jerónimo Martins, Sonae SGPS, Cimpor, BES, Galp Energia, Semapa e Portucel são as cotadas que, na opinião dos especialistas contactados pelo Negócios, melhor preenchem estes requisitos.

Nuno Serafim, director-geral da IG Markets Ibéria, justifica as suas escolhas com "a sua exposição internacional e/ou a boa execução e posição de liderança no mercado interno". Já Gualter Pacheco, trader da sala de mercados da GoBulling, identifica oportunidades específicas no mercado nacional. É o caso do BES, que deverá beneficiar com o "encaixe financeiro significativo resultante da sua participação na PT, pela venda na Vivo, tornando-se um investimento atractivo".
O mesmo especialista aponta também a Galp Energia, sublinhando que a petrolífera poderá ser animada pelo interesse dos investidores, uma vez que o acordo que impedia que a Eni e a Amorim Energia vendessem as suas posições termina já no final deste ano.

Na semana passada, o risco de Portugal voltou a disparar com o diferencial pago pela dívida portuguesa face à alemã a atingir o valor mais alto de sempre. Uma sombra que se vai manter sobre os activos cotados em Portugal.

"Acredito que este risco será recorrente nos próximos meses", defende Pedro Lino. O administrador da Dif Broker adianta que "Portugal encontra-se neste momento já para além do seu limite de esforço em termos de pagamento de juros, que irá representar mais de 20% das receitas do próximo orçamento". Um cenário que terá impacto directo no andamento da economia.

Esta conjuntura negativa leva os especialistas a manifestarem-se descrentes de um final de ano positivo para a bolsa nacional. Ainda assim, Pedro Lino não descarta uma ligeira recuperação do PSI-20 até aos 7.900/8.000 pontos. Este nível representa uma valorização de 6,2%/7,5% em relação aos valores de fecho da passada sexta-feira.

1. Sonae apenas com "ratings" de "compra"

Dos nove bancos de investimento que acompanham a "holding" liderada por Paulo Azevedo, todos recomendam a sua "compra". Considerando as notas de investimento emitidas este ano, as acções da Sonae SGPS não apresentam qualquer "rating" de "manter" ou "vender". Por outro lado, dada a cotação de fecho da passada sexta-feira, a companhia apresenta margem para valorizar 38%. O preço-alvo médio dos analistas para a "holding" é de 1,17 euros. Desde o início do ano, a companhia não escapa às quedas quase generalizadas na bolsa nacional. Neste período, a Sonae SGPS acumula uma descida de 2,18%.

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2. Analistas dão margem de 69% à Sonae Indústria

À semelhança do que acontece com a Sonae SGPS, também a totalidade dos cinco analistas que seguem a evolução da Sonae Indústria recomendam a aquisição dos títulos. Além disso, depois da queda de 14,5% que registou desde o início do ano, o potencial de subida das acções da empresa de conglomerados de madeira ascende agora a 69%. A avaliação média dos analistas é de 3,72 euros por acção. Visto tratar-se de uma das cotadas mais penalizadas ao longo da crise financeira que se abateu sobre os mercados, poderá ser uma das beneficiadas quando se consolidar a recuperação da economia global e dos mercados accionistas.

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3. Mota-Engil sem recomendações de "vender"

No pódio das cotadas do PSI-20 que apresentam melhor "rating" por parte dos analistas, surge a Mota-Engil. A grande maioria (83,3%) das casas de investimento que acompanham a construtora atribuem-lhe uma recomendação de "comprar", enquanto os restantes recomendam "manter". Assim, à companhia não é conferido qualquer "rating" de "vender". A empresa destaca-se, ainda, na bolsa nacional ao sofrer a queda mais acentuada desde o início do ano. Em 2010, o título perde mais de 43%. Este desempenho colocou as acções a negociarem com um potencial de subida de 63%, com base no preço-alvo médio de 3,66 euros.

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4. Semapa com 80% de "rating" de "comprar"

Dos cinco analistas que atribuíram avaliações à Semapa desde o início do ano, quatro conferem uma recomendação de "comprar". Neste sentido, apenas um banco de investimento aconselha aos seus clientes a alienação dos títulos da "holding" controlada por Pedro Queiroz Pereira. As acções da Semapa, que é uma das cinco cotadas nacionais do PSI-20 a negociar em alta este ano, valorizam 2,5%. É este comportamento que leva as acções a apresentarem uma margem de valorização de 36%, tendo em conta a avaliação média de 10,83 euros dos bancos de investimento. A Semapa é também uma das apostas dos especialistas ouvidos.

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5. Altri com margem para subir 51%

A quinta companhia com melhor "rating" por parte dos analistas é a Altri. A empresa de pasta e papel conta com três quartos de recomendações de "comprar" e sem qualquer conselho de "vender" entre as quatro casas de investimento que seguem o desempenho das acções. A companhia liderada por Paulo Fernandes acumula uma perda de 9,04% desde o início do ano, pelo que apresenta um potencial de subida de 51% face ao preço-alvo médio de 5,50 euros dos analistas. Depois de no ano passado ter sido beneficiada pela valorização dos preços da pasta, este ano não consegue escapar aos receios em relação à evolução da economia.

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