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Fundo da Noruega abandona estratégia focada em dívida para voltar a ter lucros

O maior fundo soberano do mundo já conseguiu anular as perdas registadas nos últimos dois trimestres, privilegiando uma estratégia focada em reduzir a exposição em carteira a obrigações.

Bloomberg
09 de Dezembro de 2015 às 09:40
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Depois de ter encerrado Setembro com a maior queda trimestral em quatro anos, o Fundo da Noruega conseguiu recuperar das perdas. Porquê? Decidiu abandonar a sua anterior estratégia focada em dívida e reforçou a exposição a acções e imobiliário.

O maior fundo soberano do mundo "tem vindo a reduzir dramaticamente" os seus investimentos em obrigações nos últimos cinco anos, informou Yngve Slyngstad, o responsável pelo fundo, numa entrevista à Bloomberg.

O gestor explicou ainda que as dificuldades ainda não estão totalmente ultrapassadas, na medida em que permanece "um ambiente de investimento desafiante". No entanto, Slyngstad garantiu que o fundo "recuperou tudo o que perdeu no terceiro e quarto trimestres, por isso vai ser outro ano positivo".

Os últimos dois trimestres foram de prejuízos para o fundo da Noruega, com as perdas no terceiro trimestre a serem mesmo as maiores em quatro anos, devido à aposta em acções chinesas, que registaram uma correcção acentuada no Verão. Já o segundo trimestre tinha marcado o primeiro período negativo em três anos, com as quedas nos mercados obrigacionista e accionista.

Com o ambiente de juros baixos e muitos países europeus com taxas negativas nos prazos mais curtos, o fundo norueguês está a reforçar o investimento em acções, mas também em imobiliário. Slyngstad pretende duplicar o investimento em activos imobiliários para 10%, para compensar o ambiente de baixas rendibilidades.

"O que temos estado a fazer é reduzir as nossas posições em obrigações e aumentar as posições em acções e imobiliário e isso pode muito bem continuar", rematou o responsável pelo maior fundo soberano do mundo.

Além das dificuldades em termos de investimento, o fundo – cujas receitas provêm do petróleo – deverá ainda ser penalizado pelas baixas cotações do petróleo, que esta terça-feira, 8 de Dezembro, baixaram os 40 dólares por barril no mercado londrino.

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