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Benfica investe 29 milhões em passes de jogadores que estavam no fundo do clube

O Benfica Stars Fund tem fecho marcado para 30 de Setembro, cinco anos depois do arranque. Para ficar com a participação de 85% que não detinha, e ficar com os jogadores aí presentes, o Benfica teve de pagar 28,9 milhões de euros.

08 de Setembro de 2014 às 14:23
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A sociedade anónima desportiva do Benfica comprou os passes dos jogadores que se encontravam no fundo de investimento do clube. Em alguns casos, recomprou os direitos económicos que tinha vendido anteriormente. O investimento global foi de 28.911.320 euros.

 

O Benfica Stars Fund, criado a 30 de Setembro de 2009 e gerido pela ESAF (do antigo BES), é constituído por 8 milhões de unidades de participação. A SAD encarnada já tinha 1,2 milhões desde essa altura. As restantes estavam divididas por diferentes investidores. Sabe-se que Joe Berardo e a Ongoing eram alguns dos investidores que compraram participações no fundo durante os anos em que este se encontrou activo.

 

Agora, com a aproximação do fim da actividade do fundo, marcado para 30 de Setembro de 2014, a entidade liderada por Luís Filipe Vieira (na foto) adquiriu as restantes 6,8 milhões de unidades de participação, para evitar a dispersão dos passes dos jogadores que aí estavam. Foi a compra dessas unidades de participação que levou ao investimento de 28,9 milhões de euros.

 

Houve um investimento de cerca de 4,25 euros por unidade de participação quando cada uma delas tem um valor nominal de 5 euros.

 

Comprando as unidades de participação do fundo, a SAD fica com os direitos económicos dos jogadores aí integrados. Os direitos económicos de um atleta podem ser partilhados por investidores. O mesmo não pode acontecer com os direitos desportivos, que só podem estar nas mãos das SAD. Na prática, um clube vende parte dos direitos económicos de um jogador para conseguir um encaixe imediato ou reduzir o investimento necessário para o comprar, abdicando de receitas no futuro (porque, por exemplo, só receberá 80% da venda de um jogador, se tiver alienado anteriormente 20% a um fundo).

 

A 31 de Julho, o valor líquido global do fundo do Benfica ascendia a 26.783.737 euros, com uma carteira de jogadores valorizada em 5.079.437 euros.

 

"Com esta aquisição, a Sport Lisboa e Benfica – Futebol SAD passou a controlar a totalidade dos direitos económicos dos atletas que compunham a carteira de jogadores do Benfica Stars Fund a 31 de Julho de 2014", indica a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários na segunda-feira, 8 de Setembro.

 

Entre os direitos económicos comprados estão os 10% de Franco Jara ou os 30% de Maxi Pereira. A SAD ressalva que, apesar de adquirir 25% do passe de Nelson Oliveira do fundo, não tem 30% dos direitos económicos. Urretaviscaya rescindiu o contrato a 1 de Setembro, pelo que também não foi transferido.

 

David Luíz e Di Maria foram alguns dos jogadores que entraram no fundo em 2009, aquando da sua constituição. O fundo, constituído pela ESAF (do antigo Banco Espírito Santo), foi criado para "participar determinada percentagem nas receitas e potenciais mais valias decorrentes da eventual transferência de m conjunto de jogadores vinculados desportivamente à Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD".

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