A saída do gestor estrela Bill Gross da Pimco custou resgates milionários à gestora de activos. Mas este efeito negativo nos activos sob gestão da Pimco já terá terminado, segundo a Allianz, que divulgou esta sexta-feira as suas contas anuais.

Os investidores não acolheram com bons olhos a saída de Bill Gross da Pimco e castigaram a gestora com ondas de resgates elevadas. Apenas o Pimco Total Return, o conceituado fundo de obrigações da gestora, chegou a perder dois terços do valor que chegou a gerir em 2013.

"Os resgates no quarto trimestre foram de 11 mil milhões de euros… muito dinheiro mas substancialmente menos do que nos trimestres anteriores", explicou o CFO da Allianz, Dieter Wemmer.

O ritmo elevado de saídas destronou o Total Return como o maior fundo de obrigações do mundo no passado mês de Abril, lugar que passou a ser ocupado por um fundo da Vanguard. O Vanguard Total Bond Market Index Fund, um produto de gestão passiva que replica um índice internacional de obrigações, mantinha em carteira 118,4 mil milhões no final de Julho.

"Estamos na direcção certa de ganhar a confiança dos nossos clientes e penso que as pessoas que saíram do fundo de retorno demasiado cedo provavelmente perderam um bom desempenho nos últimos 15 meses", defendeu. Wemmer adiantou ainda que a Pimco registou um "grande trimestre" em comissões, que deram um suporte positivo à rentabilidade.

Em relação à situação actual dos mercados, o responsável não se manifestou muito preocupado. "Pode criar alguns desafios mas somos um investidor muito confiante", disse o CFO da maior seguradora europeia, acrescentando que a instituição investe a longo prazo e mantém-se focada em entregar retornos aos investidores.