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Urânio atinge valor mais alto em seis anos com forte apetite de fundo canadiano

O fundo Physical Uranium Trust, dos investidores Sprott Inc., tem estado a comprar o metal de forma agressiva, fazendo disparar o preço deste ativo. Agosto foi o mês em que mais se comprou urânio desde 1996.

Reuters
08 de Setembro de 2021 às 16:00
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Apesar do preço do urânio estar a registar uma tendência de crescimento desde o início da pandemia, o valor deste ativo sofreu um disparo nunca antes visto em agosto, atingindo máximos de seis anos. Setembro arrancou com o metal a chegar aos 35 dólares por libra, cotação que não era atingida desde 2015.

A justificar a subida está o facto de o fundo Physical Uranium Trust da Sprott estar a comprar agressivamente reservas de urânio, anunciando no Twitter o aumento dos ativos que detém e provocando alvoroço nos mercados.

O fundo, criado este ano, começou a negociar no final de julho e já acumulou mais de 24 milhões de libras de urânio. Chegou a comprar mais de 500.000 libras num único dia, o que fez com que agosto tenha sido o mês em que mais se transacionou este metal, desde 1996.



O urânio, metal associado à energia nuclear, não é comercializado no mercado aberto como outras commodities. Os compradores e vendedores negociam os contratos de forma privada e os preços são publicados por consultores de mercado independentes.

Apesar da forte subida, o urânio ainda está longe do seu máximo histórico, atingido em 2007. Nesse ano o metal atingiu os 136 dólares por libra, devido a uma forte especulação em relação à aposta da China e da Índia no nuclear e também no seguimento da inundação da mina de Cigar Lake, no Canadá, uma das maiores reservas de urânio do mundo.

A atual tendência crescente assenta na alta dos preços da energia, com os combustíveis fósseis como o carvão e o gás natural a atingir máximos resultantes da quebra das reservas.

Por outro lado, prevê-se que, no futuro, o nuclear volte a ocupar uma fatia crescente no universo das energias alternativas, tentando inverter a quebra de confiança que se registou a nível global após o acidente de Fukushima, no Japão, em 2011.
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