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Sonaecom e Zon disparam com maior perspectiva de fusão

As acções da Sonaecom e da Zon fecharam hoje em forte alta, ainda em reacção às palavras proferidas ontem pelo CEO da Sonae SGPS, que afirmou que há um maior entendimento quanto a uma fusão entre as duas empresas. A dona da Optimus já acumula um ganho de 105,47% em 2009.

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As acções da Sonaecom e da Zon fecharam hoje em forte alta, ainda em reacção às palavras proferidas ontem pelo CEO da Sonae SGPS, que afirmou que há um maior entendimento quanto a uma fusão entre as duas empresas. A dona da Optimus já acumula um ganho de 105,47% em 2009.

As acções da Sonaecom subiram 5,36% para 2,065 euros, registando a sétima sessão consecutiva de ganhos. Desde o início do ano os títulos acumulam já um ganho de 105,47%, o mais elevado entre as empresas do PSI-20.

A Zon apreciou 1,50% para 4,193 euros, apesar de ter negociado hoje pela primeira vez sem direito ao dividendo de 16 cêntimos que a empresa vai pagar na próxima semana. Descontando este efeito, as acções da Zon subiram 5,59%. A empresa que controla a TV Cabo subiu pela quinta sessão consecutiva e sobe 13,02% em 2009.



Entre as accionistas destas duas empresas, a Cofina subiu 7,59% para 0,85 euros e a Sonae SGPS ganhou 1,83% para 0,723 euros.
A reacção do mercado foi hoje mais acentuada, apesar das declarações de Paulo Azevedo terem sido publicadas ontem a meio da sessão, e de já no final do dia, a Sonae ter esclarecido que não há negociações em curso com vista a uma junção das duas empresas.

Mas o mercado parece estar agora mais convicto que a operação de fusão [um cenário há muito já presente entre os investidores] acabará mesmo por acontecer.

“Não é a primeira vez que Paulo Azevedo afirma que os accionistas da Zon estão mais receptivos a um cenário de fusão e que têm sido efectuados alguns contactos entre as duas empresas”, refere Ricardo Pimentel Seara, analista do BPI, realçando contudo que “o tom das afirmações sugere uma maior probabilidade da fusão ser concluída”.

O UBS classifica de “altamente positiva” a fusão da Sonaecom com a Zon Multimédia, sendo esta uma operação “lógica” e geradora de elevadas sinergias. A projecção do banco suíço é de mil milhões de euros, sendo que o negócio, a concretizar-se, deveria ser efectuado aos actuais preços de mercado.

“As sinergias poderão ser consideráveis e fáceis de conquistar”, defende o analista Bosco Ojeda, numa nota de “research” a que o Negócios teve acesso. “Tanto a Zon como a Sonaecom competem ferozmente pelos clientes de banda larga e poderiam vir a partilhar a rede e os custos operacionais”, destaca.


A limitação dos estatutos

Na entrevista à Reuters Paulo Azevedo adiantou que "pela positiva há um entendimento crescente de que esse processo poderá dar um forte impulso ao investimentos e à rentabilidade do investimento em fibra" das duas empresas.

Mas ao Negócios alguns accionistas da Zon revelaram que, ultimamente, não se evoluiu nas conversas. A gestão da Zon não comenta estas declarações, mas já por diversas vezes disse não ver valor nesta fusão.

A Sonaecom já anteriormente admitiu que não fará uma investida hostil sobre a Zon, pelo que uma futura fusão tem de ser consentida. Nas contas, a Caixa Geral de Depósitos torna-se decisiva.

É que os estatutos da Zon estão blindados a 10%, o que significa que mesmo que a Sonaecom compre posições accionistas ou entre, através de fusão, como accionista, fica com os votos limitados.

E para os desbloquear teria de reunir o acordo de dois terços do capital. Tal como na OPA sobre a PT, a Sonaecom poderia esbarrar na assembleia geral. Basta que a Caixa e Banco Espírito Santo votem juntamente com Cofina e a Olivedesporto contra a desblindagem para a Sonae poder ficar com poderes limitados. Nesta contagem de espingardas, BPI (7,74%) e Telefónica são aliados da Sonae.



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