O grupo japonês SoftBank, que opera no segmento das telecomunicações e da tecnologia, está a planear vender uma parte da participação que detém no grupo de comércio electrónico chinês Alibaba. De acordo com a imprensa internacional, o grupo nipónico avalia a possibilidade de vender 7,9 mil milhões de dólares – mais de sete mil milhões de euros - em acções da gigante chinesa fundada por Jack Ma (na foto). Este valor representa uma pequena fatia da participação que o SoftBank tem na Alibaba.

Segundo a Reuters, com esta alienação, a gigante japonesa reduz a sua participação de 32,2% para cerca de 28%, montante que lhe permite manter um lugar no conselho de administração. Motivo? O SoftBank precisa de reduzir a sua dívida. De acordo com o Wall Street Journal (WSJ), a decisão de venda prende-se com a necessidade de reduzir a elevada dívida acumulada devido a aquisições que a tecnológica nipónica protagonizou.

A agência Reuters explica que os planos apontam para que a empresa japonesa venda entre cinco e seis mil milhões de dólares em acções numa colocação privada junto de investidores institucionais. A operação vai ser gerida pelo Morgan Stanley e pelo Deutsche Bank. Cerca de dois mil milhões de dólares em títulos vão ser comprados em dinheiro pela própria Alibaba. Além disso, cerca de 400 milhões de dólares em títulos vão ser adquiridos pela Alibaba Partnership, um grupo com mais de 30 pessoas e que foi impulsionado pelos fundadores da empresa chinesa. Por fim, segundo a Reuters, 500 milhões de dólares em acções da Alibaba que ainda são propriedade da SoftBank vão ser vendidos a um fundo soberano que não foi identificado.

Estes quase oito mil milhões de dólares em acções o SoftBank vai vender é a primeira desde que o fundador do grupo nipónico começou a investir na Alibaba, há 16 anos. As duas empresas asseguraram já que a parceria estratégica que têm é para manter, segundo a agência Reuters.

O jornal norte-americano aponta que a venda por parte do grupo nipónico pode abrir caminho ao evento monetário da Yahoo, isto apesar da empresa, segundo notícias do final do ano passado, ter abandonado a sua intenção de vender a participação de 31 mil milhões de dólares que detém no gigante chinês.