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Tecnologia é o sector que mais mexe nas fusões e aquisições

O grupo japonês Softbank ofereceu 32 mil milhões de dólares pela maior tecnológica britânica, a ARM Holdings. É o maior negócio no sector da tecnologia, sendo o terceiro maior do ano.

Reuters
18 de Julho de 2016 às 20:59
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Todos parecem querer tecnologia. Apesar da quebra do volume de fusões e aquisições este ano, as compras no sector tecnológico estão ao rubro. O montante destinado a operações deste tipo no sector voltou a engrossar, após o meganegócio a envolver o grupo japonês SoftBank e a maior tecnológica britânica, a ARM Holdings.

A empresa nipónica, que controla a operadora norte-americana Sprint, o Yahoo no Japão e tem uma posição na Alibaba, ofereceu 32 mil milhões de dólares (cerca de 29 mil milhões de euros) pela tecnológica britânica. É o maior negócio do sector deste ano, batendo a compra do LinkedIn pela Microsoft. E a nível global é a terceira maior operação de 2016, atrás da oferta da Bayer pela Monsanto e da China pela Syngenta.

Desde o início do ano, o sector tecnológico já esteve envolvido em operações de fusões e aquisições de 342,2 mil milhões de dólares, mais 17,7% do que no mesmo período de 2015, segundo dados da consultora Dealogic fornecidos ao Negócios.  É a indústria em que tem existido mais apetite por este tipo de operações, que até têm desacelerado a nível global. Incluindo todos os sectores, o volume global de fusões e aquisições desce 20% para 1,9 biliões de dólares.

A libra, o iene e o Brexit 

A decisão da "holding" japonesa em avançar para a compra da fabricante de microprocessadores britânica é, segundo uma apresentação a  investidores, uma aposta na mudança de paradigma da internet móvel para a Internet das Coisas. Masayoshi Son, presidente da SoftBank, referiu em comunicado que "esta é das aquisições mais importantes que fazemos, e esperamos que a ARM seja um pilar do crescimento do SoftBank".

A oferta do SoftBank, de 17 libras por acção, acarreta um prémio de 43% face à cotação anterior ao anúncio da proposta. Mas isso até pode ser compensado pela subida do iene face à libra. Desde o início do ano a divisa nipónica ganha 25% à moeda britânica.

A operação é encarada pelo governo britânico como um sinal de que o Brexit não travará a actividade empresarial no Reino Unido. "Três semanas depois do referendo, mostra que o Reino Unido não perdeu qualquer brilho para os investidores internacionais", disse Philip Hammond, o novo ministro das Finanças.

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