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Miguel Maya: “É tempo de promover reformas”

Presidente executivo do BCP entende que os portugueses saberão apoiar as medidas necessárias e desafia o poder a “adequar o enquadramento regulatório aos novos tempos”.

Vítor Mota
08 de Julho de 2024 às 10:48
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O presidente executivo do BCP pede reformas para tornar Portugal mais competitivo e diz que o país saberá apoiar essas mudanças.

"É tempo de promover as reformas necessárias para assegurar a competitividade das empresas no mundo em profunda transformação, em múltiplas dimensões", afirmou Miguel Maya esta manhã, na conferência Millennium Talks Lisboa, organizada pelo banco.
 
"Com uma narrativa clara, explicando pela positiva as medidas a implementar, eliminando a gasta retórica do ‘ou nós ou o dilúvio’, estou convicto que os portugueses saberão apoiar as mudanças necessárias", continuou.

Alterações que têm de ser acompanhadas, no entender de Miguel Maya, por mudanças na forma como o Estado desempenha o seu papel de árbitro do jogo económico. "Para evoluir, requer-se também da parte dos governantes a visão e a coragem para adequar o enquadramento regulatório aos novos tempos, estabelecendo os direitos e os deveres das partes num contrato social mais justo e equilibrado, mas tendo sempre presente que o mundo empresarial compete à escala global", disse.

Custo do crédito vai continuar a cair

Miguel Maya foi também ao encontro da perceção generalizada de que o custo do crédito deverá continuar a diminuir, depois da descida das taxas de juro do BCE em 25 pontos base decidida no mês passado, a primeira em dois anos.

Embora saliente que permanecem "múltiplos fatores que podem fazer divergir a narrativa da realidade", com destaque para os conflitos na Palestina e na Ucrânia ou a possível inflexão da política dos Estados Unidos, o CEO do banco realça que "já iniciámos um novo ciclo da política monetária. A redução das taxas de juros é já uma realidade, subsistindo a incerteza apenas quanto ao ritmo".

A entrevista de Mário Centeno ao Negócios na semana passada também não passou despercebida a Miguel Maya: "O Governador do Banco de Portugal já sinalizou que está confiante quanto à evolução das condições para que a política monetária de redução de taxas continue", afirmou, pelo que "há fundamentos para estarmos confiantes numa evolução favorável do contexto macroeconómico".
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