Notícia
Preços das casas na China com maior queda homóloga desde 2015
Os preços das habitações nova contraíram 1,6% no mês passado, em termos homólogos, de acordo com cálculos efetuados a partir de dados difundidos pelo Gabinete Nacional de Estatísticas do país.
16 de Novembro de 2022 às 10:47
Os preços das casas novas na China registaram, em outubro, a maior queda homóloga dos últimos sete anos, segundo dados oficiais divulgados esta quarta-feira, num período de desaceleração económica e de crise de liquidez no setor imobiliário.
Os preços das habitações nova contraíram 1,6% no mês passado, em termos homólogos, de acordo com cálculos efetuados a partir de dados difundidos pelo Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) do país asiático.
Trata-se da maior queda, desde agosto de 2015, neste indicador que agrega o preço médio nas 70 maiores cidades da China. Em outubro, os preços dos imóveis caíram em 58 das 70 cidades, em relação ao mês anterior - contra 54 em setembro.
Pequim e Xangai, as principais cidades da China, foram exceções ao registar um aumento dos preços no mês passado.
Esta semana, as autoridades anunciaram medidas para estimular o setor, incluindo diretrizes do banco central e do regulador bancário e de seguros, que visam garantir maior acesso ao crédito para ajudar os construtores mais endividados a concluir projetos inacabados.
Devido à falta de liquidez, alguns grupos suspenderam os trabalhos de construção de milhares de condomínios em todo o país. Em protesto, um número crescente de proprietários que adquiriu os imóveis em regime pré-venda recusou pagar as prestações mensais, ameaçando agravar a crise.
A crise no imobiliário tem fortes implicações para a classe média do país. Face a um mercado de capitais exíguo, o setor concentra uma enorme parcela da riqueza das famílias chinesas -- cerca de 70%, segundo diferentes estimativas.
O setor imobiliário e a construção, que impulsionaram a recuperação pós-pandemia em 2020, compõem mais de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) da China.
Os preços das habitações nova contraíram 1,6% no mês passado, em termos homólogos, de acordo com cálculos efetuados a partir de dados difundidos pelo Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) do país asiático.
Pequim e Xangai, as principais cidades da China, foram exceções ao registar um aumento dos preços no mês passado.
Esta semana, as autoridades anunciaram medidas para estimular o setor, incluindo diretrizes do banco central e do regulador bancário e de seguros, que visam garantir maior acesso ao crédito para ajudar os construtores mais endividados a concluir projetos inacabados.
Devido à falta de liquidez, alguns grupos suspenderam os trabalhos de construção de milhares de condomínios em todo o país. Em protesto, um número crescente de proprietários que adquiriu os imóveis em regime pré-venda recusou pagar as prestações mensais, ameaçando agravar a crise.
A crise no imobiliário tem fortes implicações para a classe média do país. Face a um mercado de capitais exíguo, o setor concentra uma enorme parcela da riqueza das famílias chinesas -- cerca de 70%, segundo diferentes estimativas.
O setor imobiliário e a construção, que impulsionaram a recuperação pós-pandemia em 2020, compõem mais de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) da China.