O petróleo desvalorizava, corrigindo do máximo de nove meses atingido em Nova Iorque, perante a expectativa de que os "stocks" de combustíveis nos EUA aumentaram. Os sinais que dão conta que a violência na Nigéria vai acalmar, permitindo recuperar alguma da produção perdida, também pressionavam os preços da matéria-prima.

O crude [cl1] deslizava 0,40% para os 67,73 dólares, enquanto o "brent" perdia 0,49% para os 71,12 dólares [co1].

Segundo analistas consultados pela Bloomberg, os inventários de gasolina aumentaram em 1,44 milhões de barris na semana que terminou dia 15 de Junho. Os indícios de uma acalmia nos conflitos na Nigéria também pressionava o valor do petróleo

"Ocorreram alguns desenvolvimentos importantes na Nigéria desde a mudança presidencial", explicou um operador do mercado à agência noticiosa norte-americana, acrescentando que "o risco nigeriano ainda lá está mas passou de assimétrico a simétrico".

Os preços do petróleo têm sido impulsionados pelos receios de que as reservas da matéria prima norte-americanas não sejam suficientes para satisfazer a procura. Além disso, os sindicatos da Nigéria, o maior produtor de petróleo africano, têm feito várias greves em protesto contra o aumento dos preços dos combustíveis e do IVA o que tem prejudicado a produção na região.

Desde o início de 2006, estes conflitos já forçaram as unidades da Royal Dutch Shell e da Eni na Nigéria a um corte de mais de 600 mil barris diários, mais de um quarto da produção total do país.