O preço do barril de petróleo voltou a negociar abaixo da fasquia dos 130 dólares, em Londres e em Nova Iorque, com o mercado a especular acerca da possibilidade de uma quebra no consumo de combustíveis nos EUA, numa altura em que o crescimento da economia abranda e os preços da energia atingem valores recorde.

O West Texas Intermediate (WTI) [cl1], seguia a cotar nos 129,61 dólares, a cair 2,06%. A tendência de queda está a ser seguida em Londres, o mercado que serve de referência às importações europeias. O "brent" [co1] seguia a perder 2,17% para 129,50 dólares, depois ter atingido, a 22 de Maio, um novo recorde, nos 135,14 dólares.

"Há muita trepidação nestes níveis de preços", afirmou à Bloomberg o analista Phil Flynn, da Alaron Trading. O especialista acrescentou que "os elevados preços da matéria-prima estão a ter um impacto substancial na economia e, potencialmente, na procura" por petróleo e seus derivados, nomeadamente por gasolina.

Este combustível é, tradicionalmente, o mais procurado nesta altura do ano. O feriado de ontem, nos EUA, o "Memorial Day", marca o arranque da "driving season" – período de férias em que aumentam as viagens de automóvel – que só termina no "Labor Day", no início do mês de Setembro.

O mercado acredita que a actual conjuntura deverá quebrar a procura por derivados e, naturalmente, pela própria matéria-prima, aliviando, desta forma, a pressão sobre os preços que ainda assim se mantêm elevados. Apesar da quebra na sessão de hoje, desde o início do ano o WTI segue com um ganho de 36,8% e o "brent" soma 38,3%.