Notícia
Peso dos certificados de aforro atinge um máximo de 5,6% em 2022
A elevada procura por certificados de aforro em 2022 elevou o peso destes no total do valor investido para um máximo de 5,6%, com um aumento de 57%.
O apetite dos investidores por certificados de aforro disparou no ano passado. À boleia das elevadas taxas de juro que deixaram a remuneração destes instrumentos mais atrativa, os certificados de aforro atingiram um recorde de 5,6% da nova poupança das famílias. Os depósitos continuam, no entanto, a ter a maior fatia do bolo, segundo o mais recente relatório do investidor divulgado esta segunda-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A evolução dos certificados de aforro "aumentou de forma muito significativa (+57%) em 2022, atingindo um máximo de 5,6% do total do valor investido nesse ano", refere o relatório.
Os certificados de aforro aumentaram 258,26 milhões de euros em agosto para os 33.868,35 milhões de euros, o que significa que nos três meses de comercialização da nova série F (com um tecto de remuneração mais baixo do que a anterior) ainda houve interesse das famílias nestes produtos.
Ainda assim, os depósitos continuaram a ser o instrumento favorito dos portugueses. "Tradicionalmente os depósitos a prazo são a forma de poupança mais popular, chegando a absorver mais de 50% das aplicações financeiras efetuadas", lê-se.
De igual forma, também os fundos de investimento se tornaram mais atrativos. Segundo o regulador português, os montantes geridos por fundos de investimento aumentou dois dígitos.
Quanto ao peso dos instrumentos no total do investimento, este atingiu um máximo em 2021: no caso dos fundos nacionais ficou em 5,8%, enquanto que os estrangeiros têm uma quota de 2,2%.
Pelo contrário, o peso dos fundos de investimento imobiliário reduziu-se de um pico de 5% em 2013 para um mínimo de 3,2% em 2021. "As variações anuais foram irregulares, sendo afetadas não só pelo desempenho (e expectativas) de evolução do mercado imobiliário nacional, como pela atratividade das alternativas de investimento disponíveis", clarifica.