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Peso dos certificados de aforro atinge um máximo de 5,6% em 2022

A elevada procura por certificados de aforro em 2022 elevou o peso destes no total do valor investido para um máximo de 5,6%, com um aumento de 57%.

As subscrições líquidas atingiram, em setembro, os 392,2 milhões de euros. A entrada de capital nos certificados de aforro mais do que compensou a saída dos certificados do Tesouro.
Pedro Catarino
02 de Outubro de 2023 às 11:51
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O apetite dos investidores por certificados de aforro disparou no ano passado. À boleia das elevadas taxas de juro que deixaram a remuneração destes instrumentos mais atrativa, os certificados de aforro atingiram um recorde de 5,6% da nova poupança das famílias. Os depósitos continuam, no entanto, a ter a maior fatia do bolo, segundo o mais recente relatório do investidor divulgado esta segunda-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
 
A evolução dos certificados de aforro "aumentou de forma muito significativa (+57%) em 2022, atingindo um máximo de 5,6% do total do valor investido nesse ano", refere o relatório. 

Os certificados de aforro aumentaram 258,26 milhões de euros em agosto para os 33.868,35 milhões de euros, o que significa que nos três meses de comercialização da nova série F (com um tecto de remuneração mais baixo do que a anterior) ainda houve interesse das famílias nestes produtos.

Desde final do ano passado que se vivia uma corrida inédita aos certificados de aforro graças à subida da remuneração (que é indexada à Euribor a três meses). Após as entradas de capital terem superado em larga medida as expectativas do Governo, no início de junho, o Executivo decidiu por fim à série E dos certificados de aforro, tendo lançado uma nova série F, cujo tecto cai de 3,5% para 2,5%.

Ainda assim, os depósitos continuaram a ser o instrumento favorito dos portugueses. "Tradicionalmente os depósitos a prazo são a forma de poupança mais popular, chegando a absorver mais de 50% das aplicações financeiras efetuadas", lê-se.

De igual forma, também os fundos de investimento se tornaram mais atrativos. Segundo o regulador português, os montantes geridos por fundos de investimento aumentou dois dígitos. 

Quanto ao peso dos instrumentos no total do investimento, este atingiu um máximo em 2021: no caso dos fundos nacionais ficou em 5,8%, enquanto que os estrangeiros têm uma quota de 2,2%. 

Pelo contrário, o peso dos fundos de investimento imobiliário reduziu-se de um pico de 5% em 2013 para um mínimo de 3,2% em 2021. "As variações anuais foram irregulares, sendo afetadas não só pelo desempenho (e expectativas) de evolução do mercado imobiliário nacional, como pela atratividade das alternativas de investimento disponíveis", clarifica.

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