O dinheiro aplicado pelas famílias em produtos de poupança do Estado subiu pelo décimo sétimo mês consecutivo. Os dados do Banco de Portugal (BdP) divulgados esta quinta-feira, 21 de setembro, mostram que os certificados de aforro aumentaram 258,26 milhões de euros em agosto, mais que compensando o recuo nos certificados do Tesouro.

O "stock" de certificados de aforro chegou aos 33.868,35 milhões de euros em agosto, o que significa que nos três meses de comercialização da nova série F (com um tecto de remuneração mais baixo do que a anterior) ainda houve interesse das famílias nestes produtos.

Apesar de os produtos de poupança do Estado continuarem a captar o interesse das famílias, há uma desaceleração que se tem vindo a sentir desde junho e que se aprofundou em julho e agosto face aos meses anteriores. Desde final do ano passado que se vivia uma corrida inédita aos certificados de aforro graças à subida da remuneração (que é indexada à Euribor a três meses).

Após as entradas de capital terem superado em larga medida as expectativas do Governo, no início de junho, o Executivo decidiu por fim à série E dos certificados de aforro, tendo lançado uma nova série F com remuneração mais baixa.

Em ambos os casos o juro está indexado à Euribor a três meses, mas o tecto máximo cai de 3,5% para 2,5% (aos quais acrescem prémios de permanência). É ainda imposto um limite máximo de subscrição nos 50 mil euros, face ao anterior de 250 mil euros, o que poderá ter igualmente impacto na entrada de poupanças.

(Notícia atualizada às 11:25)