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Paypal lança serviço de criptomoedas para clientes no Reino Unido. Mas quem detém as moedas?

A empresa de serviços financeiros lança o serviço no Reino Unido, depois de o ter feito também nos EUA, no início deste ano. Mas, ao contrário do que costuma acontecer, é a própria PayPal que faz a custódia das moedas.

Paypal entra para a 97ª posição - marca avaliada em 4,25 mil milhões de dólares
Bloomberg
23 de Agosto de 2021 às 10:45
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A partir desta segunda-feira, dia 23 de agosto, qualquer cliente da PayPal registado no Reino Unido pode comprar, vender e vigiar o seu portefólio de criptomoedas, de acordo com um comunicado enviado pela própria empresa. Depois dos EUA, a gigante norte-americana de serviços financeiros lança este serviço também para Londres. Este serviço vai incluir um cesto de quatro criptomoedas: a bitcoin, a ether, a litecoin e a bitcoin cash. O anúncio, diz a empresa, marca a sua primeira expansão internacional da oferta de cripto.

"A pandemia acelerou a mudança digital e a inovação em todos os aspetos das nossas vidas - incluindo a digitalização do dinheiro e a grande adoção do consumidor de serviços financeiros digitais", diz Jose Fernandez da Ponte, vice-presidente e diretor da secção de "blockchain", criptomoedas e moedas digitais da PayPal, no mesmo documento. "Estamos empenhados em continuar a trabalhar de perto com os reguladores no Reino Unido e em todo o mundo, para oferecer o nosso apoio - e significante contributo para moldar o papel que as moedas digitais vão desempenhar no futuro das finanças e comércio", adianta.

Mas apesar de ser o cliente a comprar as criptomoedas, quem afinal as detém? A PayPal. Normalmente, quando se compram estas moedas digitais temos acesso a uma senha pública e privada, sendo que a pública é o endereço da nossa carteira digital - uma espécie de identificador alfanumérico que serve para localizar a carteira na rede - e a privada é um conjunto de caracteres a que apenas acede quem é dono dessa carteira, que dá dá acesso às criptomoedas.

O que acontece neste caso, como é possível de verificar na secção "Crypto on PayPal FAQ", é que esta empresa fica a deter a chave privada, oferecendo o serviço de custódia da carteira correspondente, semelhante àquilo que acontece quando depositamos dinheiro físico num banco. 

Este anúncio da PayPal surge numa altura em que outras corretoras de criptomoedas têm sido postas à prova pelos reguladores um pouco por todo o mundo. O caso mais conhecido é o da Binance, a maior corretora de criptomoedas em montante de transações, cujas operações foram proíbidas no Reino Unido, em itália, Espanha e nos Países Baixos. Mas apesar de os reguladores nestas geografias estarem a fechar a porta a esta corretora, os investidores continuam a conseguir olhar pelo buraco da fechadura.

Hoje, a bitcoin voltou a superar a barreira dos 50.000 dólares por unidade, um patamar que já não pisava desde meados de maio deste ano. Depois de três meses a negociar em níveis inferiores, esta moeda digital dá o mote para que todo o mercado deste tipo de ativo recupere. Esta que é a maior criptomoeda do mundo está a subir quase 4% durante a sessão asiática, com outros "tokens" como a ether ou a cardano a registarem fortes subidas.
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