Há cinco meses que o montante das novas operações de depósitos não eram tão elevadas. Em Janeiro foram aplicados 8.021 milhões de euros, mais 30% do que no mês anterior. Desde Agosto que o montante não era tão elevado.

O reforço das aplicações a prazo permitiu manter estável o saldo dos depósitos dos particulares nos bancos portugueses. Em Janeiro o montante recuou apenas 0,2%, para 130.306 milhões de euros.

O aumento das novas operações de depósitos pelas famílias ocorreu num mês em que a taxa de juro média oferecida pela banca nas aplicações até um ano subiu, de 2,34% para 2,47%. O aumento, o primeiro em cindo meses, é explicado com a subida das taxas de mercado, a Euribor, perante a perspectiva de redução da liquidez disponibilizada pelo BCE.

Nas empresas o cenário é diferente. O saldo encolheu 2,3% face ao mês anterior, para 26.520 milhões de euros. A queda face ao mesmo período do ano passado é de 18,4%. Também o valor das novas operações sofreu uma quebra significativa, descendo 41% face ao mês anterior. Isto apesar da melhoria da remuneração oferecida pela banca, com a taxa de juro média dos novos depósitos a subir de 1,33% para 1,92%.