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Jerónimo Martins e PT sustentam inversão da bolsa para terreno positivo

A Europa está agora a negociar no verde, sendo a bolsa de Madrid a única que segue em baixa.

06 de Dezembro de 2010 às 15:22
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A bolsa nacional inverteu para terreno positivo, acompanhando o movimento da generalidade das restantes praças europeias. A contribuir para a tendência estão sobretudo a Jerónimo Martins e a Portugal Telecom.

No resto do Velho Continente, apenas a bolsa de Madrid negoceia em terreno negativo, a cair mais de 1%.

Os mercados accionistas estavam a ceder terreno, devido ao pessimismo do presidente da Reserva Federal norte-americana. Ben Bernanke declarou que a economia dos Estados Unidos está a ter dificuldades para se expandir a um ritmo sustentável e que é possível que a Fed possa alargar o programa de compra de obrigações além dos 600 mil milhões de dólares directos que anunciou no mês passado, de modo a impulsionar o crescimento no país.

A contribuir para a tendência positiva na Europa estão títulos como os da Hochtief, depois de a empresa ter anunciado que a Qatar Holdin LLC pretende tornar-se na maior accionista da construtora.

Por seu turno, o Bank of Ireland dispara mais de 6%, depois de o investidor J. Christopher Flowers ter dito que vai continuar a procurar activos bancários irlandeses.

As incertezas em torno do rumo dos países da Zona Euro mais debilitados têm estado também a pressionar as praças europeias, no dia em que há reunião do Eurogrupo em Bruxelas. No entanto, o optimismo está neste momento a ter mais influência, excepto no mercado madrileno.

Por cá, o PSI-20 segue a subir 0,26% para 7,757,75 pontos, com 12 cotadas em baixa e oito em alta, tendo já trocado de mãos 16,5 milhões de acções.

A cotada que mais anima o índice de referência nacional é a Jerónimo Martins. A dona do Pingo Doce valoriza 1,83%, para 11,975 euros. O máximo histórico da retalhista está nos 12,12 euros, nível atingido na sessão de 26 de Novembro.

A Portugal Telecom também está a puxar pela praça lisboeta, a ganhar 0,65% para 10,065 euros.

A completar o pódio dos títulos que mais impulsionam o PSI-20 está a EDP. A eléctrica liderada por António Mexia sobe 0,67% para se fixar nos 2,554 euros, apesar do alerta da Standard & Poor’s de que poderá cortar o “rating” da empresa. Segundo o BPI, este anúncio tem uma influência “neutral a negativa” para as acções da eléctrica, já que “pode materializar os receios em torno do acesso da EDP aos mercados obrigacionistas”.

Mas a cotada que mais terreno ganha neste momento é a Mota-Engil. A construtora avança 2,16%, para 1,841 euros.

Tendência completamente oposta tem a Cimpor, já que é a que mais cai. A cimenteira perde 1,50% para 5,065 euros.

Fora do PSI-20, ainda no sector da construção, tanto a Soares da Costa como a Teixeira Duarte seguem inalteradas.

Banca castigada pelos receios em torno da dívida pública

A banca, por seu turno, continua a ser penalizada pelos receios em torno da dívida soberana nas chamadas economias periféricas da Zona Euro, o que está a fazer subir de novo os juros.

O BCP é o título que mais trava as subidas da bolsa nacional, a perder 0,79% para 62 cêntimos. Isto apesar de os analistas do Deutsche Bank, Sanford C. Bernstein e JPMorgan considerarem que alguns bancos europeus representam investimentos atractivos, com as suas acções a apresentarem-se “baratas” e podendo beneficiar da recuperação no crescimento da economia e das receitas da banca de investimento.

O BES segue a cair 0,85%, para 2,925 euros, no dia em que o Negócios noticia que a entidade presidida por Ricardo Salgado pediu crédito à Reserva Federal norte-americana durante o período mais difícil da crise financeira.

Por seu lado, o BPI resvala 0,42% para 1,434 euros.

A Brisa é outra das cotadas que negoceia no vermelho, depois de na sexta-feira passada ter adiado a Assembleia-Geral de Accionistas em que propunha alterações à estrutura societária da concessionária, depois de ter enfrentado oposição de um accionista de referência a algumas das decisões propostas. Uma notícia que poderá levá-la a optar por distribuir um dividendo extraordinário aos accionistas, segundo os analistas. A concessionária segue assim a recuar 0,10% para 5,24 euros.

Em contrapartida, a Galp Energia já inverteu para terreno positivo, numa sessão em que o crude segue em queda em Londres e Nova Iorque. A petrolífera comandada por Ferreira de Oliveira regista um aréscimo de 0,18% para 13,725 euros, apesar de o Barclays Capital ter revisto em alta o preço-alvo das suas acções, para 17 euros por título, com uma recomendação de “overweight”.

Destaque também para a subida da Sonae SGPS. No dia em que o Espírito Santo Equity Research (ESER) reviu em alta a avaliação atribuída às acções da Sonae, a empresa segue a ganhar 1,40% para 79 cêntimos.

O ESER reviu em alta de 9% o “target” da Sonae, para 1,20 euros, o que confere aos títulos da “holding” um potencial de valorização de mais de 50%.A revisão em alta do preço-alvo é sustentada “pelo melhor do que o esperado desempenho no negócio alimentar em 2010”.

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