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Infinox alerta para potencial asiático vs europeu: "Se a China espirra, o mundo constipa-se"
A corretora britânica disse que a Europa não conseguia competir com o potencial da Ásia e referiu que se estão a cometer os mesmos erros do que nos anos 80, com a fuga das indústrias para mercados asiáticos.
A Europa está a ser incapaz de lidar com a concorrência dos mercados asiáticos e com o seu potencial de crescimento, segundo os analistas da corretora britânica Infinox. Atualmente, "se a China espirrar, o mundo constipa-se", referiu o analista Pedro Amorim, alertando para o crescimento económico de Pequim e para o potencial que ainda tem para continuar a evoluir.
Segundo um consenso da Bloomberg, o crescimento económico em todo o mundo vai arrefecer no próximo ano. O produto interno bruto (PIB) chinês deverá crescer 5,9% em 2020, abaixo dos 6,1% previstos para este ano, mas acima do crescimento esperado para os EUA (1,8%) e na Zona Euro (0,7%).
Numa conferência de apresentação das perspetivas para o próximo ano, a Infinox referiu que "a Europa está a cometer os mesmo erros, que foram cometidos na década de 1980, com a fuga de importantes indústrias e setores para o continente asiático".
"Os setores em que a Europa pensa que é muito forte, como o setor automóvel ou das telecomunicações, são muito melhores em qualquer país asiático", disse Pedro Amorim, acrescentando que "as empresas já não olham para a Europa como um investimento há muito tempo. Olham para a Ásia e para o potencial de crescimento dos mercados emergentes de lá".
Adiantou que "a Europa tem uma população envelhecida, um regime regulatório exagerado. Algo que não se vê do lado asiático. Atualmente temos Hong Kong e Singapura como centros financeiros de excelência, temos outros países a concorrerem lado a lado com a Europa no setor das telecomunicações e vamos ter, por exemplo, países asiáticos a liderarem o setor automóvel, porque vão saber conciliar os conhecimentos tecnológicos, com todos os outros ramos".
Este ano, o setor automóvel na Europa valorizou cerca de 15% apoiado pela fusão entre a PSA e a Fiat Chrysler que vai gerar o quarto maior construtor automóvel mundial, capaz de gerar cerca de 3.700 milhões de euros de sinergias anuais, segundo as empresas.
No entanto, Pedro Amorim alerta que este cenário não se deverá manter no próximo ano. Apesar de considerar incerto o desenvolvimento deste setor, devido "à insconstante guerra comercial" entre os EUA e os seus parceiros económicos, a situação do Brexit terá, "certamente, um peso grande".
Segundo um consenso da Bloomberg, o crescimento económico em todo o mundo vai arrefecer no próximo ano. O produto interno bruto (PIB) chinês deverá crescer 5,9% em 2020, abaixo dos 6,1% previstos para este ano, mas acima do crescimento esperado para os EUA (1,8%) e na Zona Euro (0,7%).
"Os setores em que a Europa pensa que é muito forte, como o setor automóvel ou das telecomunicações, são muito melhores em qualquer país asiático", disse Pedro Amorim, acrescentando que "as empresas já não olham para a Europa como um investimento há muito tempo. Olham para a Ásia e para o potencial de crescimento dos mercados emergentes de lá".
Adiantou que "a Europa tem uma população envelhecida, um regime regulatório exagerado. Algo que não se vê do lado asiático. Atualmente temos Hong Kong e Singapura como centros financeiros de excelência, temos outros países a concorrerem lado a lado com a Europa no setor das telecomunicações e vamos ter, por exemplo, países asiáticos a liderarem o setor automóvel, porque vão saber conciliar os conhecimentos tecnológicos, com todos os outros ramos".
Este ano, o setor automóvel na Europa valorizou cerca de 15% apoiado pela fusão entre a PSA e a Fiat Chrysler que vai gerar o quarto maior construtor automóvel mundial, capaz de gerar cerca de 3.700 milhões de euros de sinergias anuais, segundo as empresas.
No entanto, Pedro Amorim alerta que este cenário não se deverá manter no próximo ano. Apesar de considerar incerto o desenvolvimento deste setor, devido "à insconstante guerra comercial" entre os EUA e os seus parceiros económicos, a situação do Brexit terá, "certamente, um peso grande".