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Goldman Sachs pode reduzir investimento no Facebook sem avisar investidores

O banco de investimento que vai investir 450 milhões de euros no Facebook em conjunto com clientes, informou-os que poderá deixar o investimento sem os avisar.

06 de Janeiro de 2011 às 14:38
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A cláusula encontra-se na última linha de um prospecto enviado aos clientes da unidade de gestão de património do banco: “O Goldman Sachs Group pode a qualquer altura reduzir a sua exposição ao investimento (através de cobertura de risco, venda [da posição] ou outra forma)”, diz o texto de uma página citado pela Bloomberg.

O documento de uma página termina, assim, com a salvaguarda de que poderá anular a sua exposição ao investimento no Facebook, sem avisar os clientes e investidores, de quem será sócio na rede social liderada por Mark Zuckerberg.

Goldman Sachs investe pelo menos 300 milhões de euros

O documento em que apresenta preliminarmente o investimento aos clientes, o banco diz que 75 milhões dos 450 milhões de dólares provêem de um "hedge fund" do banco, Goldman Sachs Investment Partners, que gere fundos de clientes. Dos restantes 375 milhões de dólares pelo menos 300 serão investidos pelo banco e é em relação a esse montante que o banco ressalva esta liberdade de acção.

Cláusula protege Goldman Sachs de futuras acusações

Esta salvaguarda resulta do processo em que o Goldman Sachs foi acusado pela Securites and Exchange Comission (SEC) de fraude, pela criação de um veículo de investimento em crédito hipotecário denominado Abacus.

Em Julho, a Goldman Sachs pagou 550 milhões de dólares para chegar acordo com o regulador norte-americano, para que este retirasse as acusações relacionadas com o Abacus. O banco norte-americano admitiu ter cometido um “erro”, por não ter avisado um cliente seu, a quem vendeu o activo, de que o tinha desenvolvido com a ajuda de outro cliente que pretendia apostar contra ele.

Os clientes do Goldman Sachs que queiram investir no Facebook têm de investir um mínimo de dois milhões de dólares na maior rede social do mundo até hoje, num fundo de capital limitado baseado nas Ilhas Caimão e em Delaware. O Goldman Sachs recebe uma taxa de 0,5% do investimento, uma taxa de colocação de 4% e, ainda, 5% de quaisquer ganhos.

Na conclusão da carta endereçada aos “potenciais investidores”, o banco acaba por pedir aos clientes interessados que contactem um representante do Goldman Sachs. “Não contactem o Facebook”, termina o documento.

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