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Fundos de pensões do BES e BCP preparam reforço na Renováveis

O núcleo duro de accionistas da EDP vai estar representado na EDP Renováveis, por via dos 75% que a eléctrica portuguesa vai controlar na nova empresa, após a oferta pública de subscrição.

29 de Maio de 2008 às 00:02
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O núcleo duro de accionistas da EDP vai estar representado na EDP Renováveis, por via dos 75% que a eléctrica portuguesa vai controlar na nova empresa, após a oferta pública de subscrição.

O reforço das posições individuais, sobre os restantes 25% que vão ser colocados no mercado na próxima semana, está ainda em aberto, mas o Jornal de Negócios sabe que os fundos de pensões do Grupo BCP e do Grupo BES, e não os respectivos bancos (responsáveis pela colocação), estarão entre os investidores institucionais que vão comprar acções da EDP Renováveis.

Entre os accionistas de referência da EDP, também os fundos de investimento da Morgan Stanley e da Pictet Asset Management estarão posicionados para engordar as posições na EDP Renováveis de forma directa.

A José de Mello, depois de ter alienado a Finerge, empresa de energias renováveis, está também a equacionar o aumento da sua exposição na empresa que vai estar cotada a partir do dia 4 de Junho.

Garantido é que o Estado, o maior accionista da EDP com os 20,49% da Parpública, não vai acompanhar o aumento de capital de até dois mil milhões de euros da Renováveis. O JdN tentou sem sucesso saber se a CGD, com 5,25% da EDP, estará entre os subscritores.

Fora do leque de interessados no IPO (sigla em inglês para oferta pública de subscrição) estarão os parceiros estratéticos da EDP, Sonatrach e IPIC. Tanto os argelinos como os árabes - que controlam cada um perto de 2% da EDP, com a hipótese de ambos reforçarem até 5% na eléctrica - não terão a compra de mais acções entre os seus planos de curto prazo.

Também a concorrente Iberdrola deverá ficar reduzida à participação indirecta de 9,5% na EDP, não sendo assim expectável que a espanhola dê ordens de compra de títulos da concorrente da sua filial Iberdrola Renovables. Por outro lado, é esperado que os espanhóis da CajAstur apostem.

A administração da EDP está a terminar o "road-show" de duas semanas do IPO, durante o qual tentou "angariar" investidores institucionais para a EDP Renováveis. Questionado sobre se "já têm ideia se algum accionista de referência vai acompanhar a operação?", o administrador financeiro da EDP, Nuno Alves, declarou que "não", no âmbito da entrevista ontem publicada no Jornal de Negócios.

A CMVM notificou ontem a eléctrica para que esta preste esclarecimentos sobre as declarações do gestor. O regulador "está a analisar a conformidade da informação prestada pelo Eng. Nuno Alves com a informação do prospecto, nomeadamente, relativo aos riscos da operação", assim como "se há um desvio à lei". No final do dia a eléctrica emitiu um comunicado, onde admite os riscos da operação, aconselhando aos investidores a consulta do prospecto.

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