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Fed: Crescimento da economia está estável, apesar dos receios sobre tarifas comerciais
A Reserva Federal dos EUA afirma que a economia está a crescer a um ritmo "modesto a moderado". Mas alerta que as tarifas comerciais impostas pelos EUA a alguns parceiros, incluindo a China, estão a levar as empresas a subirem os preços dos bens.
A economia norte-americana está a crescer a um "ritmo modesto a moderado", afirma a Reserva Federal (Fed) dos EUA no seu Livro Bege, publicado esta quarta-feira, 24 de Outubro. Isto apesar dos receios em torno das tarifas comerciais que estão a levar as fábricas norte-americanas a subirem os preços.
"Vários distritos indicaram que as empresas enfrentam um aumento dos custos dos materiais e expedição, incertezas em torno das questões comerciais e dificuldades em encontrar trabalhadores qualificados", de acordo com o mais recente Livro Bege da Fed, que se baseia nas respostas dos 12 bancos centrais federais.
Este aumento dos custos está a levar as empresas a subirem os preços dos produtos. "Os fabricantes estão a reportar uma subida dos preços dos bens", refere o banco central norte-americano, explicando que isto se deve à subida dos custos com matérias-primas, como é o caso do aço, "o que é atribuído às tarifas comerciais".
O presidente dos EUA, Donald Trump, impôs tarifas comerciais às importações de uma série de parceiros, incluindo China, União Europeia, Canadá e México, o que levou estes países a retaliarem contra as exportações norte-americanas.
No entanto, a Fed sinaliza que as pressões inflacionistas não parecem ser muito elevadas. "Os preços continuam a subir, a crescer a um ritmo modesto a moderado em todos os distritos", nota. O banco central liderado por Jerome Powell subiu três vezes as taxas de juro este ano, numa tentativa de impedir uma subida demasiado rápida dos preços.
A Fed refere ainda que a menor oferta de mão-de-obra no mercado laboral está a fazer com que seja mais difícil para as empresas encontrarem trabalhadores qualificados. Contudo, o banco central também realça que as empresas não estão a responder ao número reduzido de trabalhadores com aumentos salariais significativos.