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Empresas podem cotar em Xangai e em Lisboa

A dupla cotação é uma das possibilidades abertas pelo memorando de entendimento assinado entre a Euronext, que gere a bolsa de Lisboa, e a Haitong, dona do antigo BESI.

Miguel Baltazar
05 de Outubro de 2015 às 22:22
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As empresas chinesas vão poder optar por ser cotadas em Xangai e Hong Kong mas também em Lisboa ou nos restantes mercados pertencentes à Euronext (Bruxelas, Paris e Amesterdão). Uma possibilidade que, em sentido inverso, também se abrirá às empresas portuguesas. "O que será, com a capacidade da economia [da China], extremamente importante" para as companhias nacionais, disse José Maria Ricciardi, presidente do Haitong Bank, que pertence ao grupo chinês Haitong. 

 Esta é uma das facilidades que, segundo Ricciardi, está incluída no memorando de entendimento assinado esta segunda-feira, 5 de Outubro, entre a Euronext, gestora das bolsas de Lisboa, Paris, Bruxelas e Amesterdão, e o grupo chinês Haitong, que adquiriu o BESI ao Novo Banco.

 Além da exploração de formas de cooperação na promoção de colocações em bolsa, ou a referida dupla cotação, o acordo visa o trabalho para "introduzir valores mobiliários de taxa fixa em renminbi", a moeda chinesa.

 O memorando tem como objectivo "melhorar o acesso dos investidores e empresas de investimento chineses aos mercados e produtos Euronext". Para Laginha de Sousa, o acordo é bom para as signatárias mas também para a economia portuguesa.

 A ligação entre o Haitong Bank e a Euronext vem dos tempos em que o banco de investimento se chamava BESI: era parceiro nas viagens que levavam cotadas portuguesas a Nova Iorque; além disso, também foi o único banco português a participar na estreia em bolsa da Euronext.

Ricciardi diz que o Haitong pretende ser uma "ponte" entre o este é o ocidente. Nova Iorque e Londres são dois mercados em que a Haitong Securities tem estado a "investir bastante", diz.

Já em termos de negócio, a banca comercial não é uma opção para o grupo chinês, como o Novo Banco. Apesar de este ser o seu antigo dono, o gestor acredita que já não há conflitos de interesse e que pode assessorar um futuro potencial comprador na corrida pelo NB.
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