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Do Japão à Austrália, bancos centrais juntam-se à Fed e injetam dinheiro no mercado

Vários bancos centrais anunciaram um reforço dos seus programas de compras de ativos para estabilizar o mercado e evitar uma subida abrupta dos custos de financiamento.

13 de Março de 2020 às 08:00
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Bancos centrais de todo o mundo, do Japão à Austrália, juntaram-se à Fed nas medidas para garantir liquidez no mercado e anunciaram um reforço nos seus programas de compras de ativos para aliviar o pânico e evitar uma escalada nos custos de financiamento de curto prazo.

O Banco do Japão anunciou a compra de 200 mil milhões de ienes (cerca de 1,7 mil milhões de euros) de obrigações numa operação não programada, enquanto o banco central da Austrália aumentou em 8,8 mil milhões de dólares australianos (cerca de 5 mil milhões de euros) as suas operações de recompra.

Os bancos centrais seguem, assim, as pisadas da Fed que, na quinta-feira, anunciou uma injeção de mais de 1,5 biliões de dólares no mercado para "aliviar temporariamente as inusitadas disrupções nos mercados obrigacionistas".

Perante os sinais crescentes de um impacto violento na economia global do novo coronavírus, os investidores fugiram de praticamente todas as classes de ativos, num verdadeiro sell-off generalizado, do qual nem as obrigações escaparam. Os mercados acionistas viveram a sua pior sessão desde os anos 1980, numa altura em que crescem os receios de recessão.

"Um período prolongado de fraca atividade económica por causa da ameaça do vírus deverá colocar dificuldades de liquidez às empresas e alguns soberanos", afirma Ayako Sera, estrategista de mercado da Sumitomo Mitsui Trust BanK, em Tóquio.

"O medo é tão extremo que a ideia [dos investidores] é vender tudo", acrescenta Kong Dongrak, estrategista do Daishin Securities Co, em Seul.  

Além do Banco do Japão e do Banco da Austrália, também o banco central do Canadá anunciou um aumento da frequência das suas operações, que deixam de se realizar de duas em duas semanas para se realizarem semanalmente.

Já o Norges Bank, banco central da Noruega, anunciou esta manhã um corte dos juros para 1% para garantir liquidez.

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