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Alemanha vai conceder crédito ilimitado às empresas e promete "usar todas as armas" para conter vírus

O ministro das Finanças germânico, Olaf Scholz, disse que ia fazer de tudo para combater o impacto que o coronavírus está a ter na economia local. Peter Altmaier, ministro dos assuntos económico do país, disse haver 500 mil milhões de euros para atacar o vírus.

Reuters
13 de Março de 2020 às 13:04
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O ministro das Finanças germânico, Olaf Scholz, garantiu que a Alemanha tem força financeira para lidar com esta crise de saúde, acrescentando que iria abrir os cordões à bolsa para apoiar todos os trabalhadores e empresas, numa conferência de imprensa que decorreu na manhã desta sexta-feira, dia 13 de março. 

"Vamos usar todas as armas para garantir que combatemos o coronavírus", diz o ministro das Finanças alemão, adiantando que o Governo germânico vai dar isenção de impostos temporários às empresas do país, uma medida que, segundo o próprio, vai custar à Alemanha milhares de milhões de euros. 

Na mesma conferência de imprensa, o ministro da Economia do país, Peter Altmaier, disse que a Alemanha tinha uma "almofada" orçamental de 500 mil milhões de euros disponível para mitigar os efeitos da covid-19, pondo a hipótese de o país assumir dívidas extra, se necessário. O político disse mesmo que "nenhuma empresa saudável deve falir por causa do vírus e nenhum trabalho deve ser perdido".

O impacto do coronavírus está a ser notado na Alemanha, numa altura em que o país regista 3.116 casos infetados com o vírus covid-19 (46 deles já recuperados) e seis mortes. 

Esta tem sido a toada seguida também pelos maiores bancos centrais do mundo. O Banco do Japão anunciou a compra de 200 mil milhões de ienes (cerca de 1,7 mil milhões de euros) de obrigações numa operação não programada, enquanto o banco central da Austrália aumentou em 8,8 mil milhões de dólares australianos (cerca de 5 mil milhões de euros) as suas operações de recompra. 

A Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) começou por anunciar um corte de emergência na sua taxa de juro diretora de 50 pontos base para um intervalo de entre 1,25% e 1,50%. Ontem voltou à ação e anunciou uma injeção de mais de 1,5 biliões de dólares no mercado para "aliviar temporariamente as inusitadas disrupções nos mercados obrigacionistas".

Também o Banco Central Europeu (BCE) avançou com algumas medidas para conter o impacto do coronavírus na economia da região, apesar de ter desiludido os mercados, que aguardavam um corte na taxa de juros dos depósitos - que já se encontram num patamar negativo (-0,50%). 

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