Notícia
Discurso de Draghi penaliza euro e alivia juros da periferia
Após uma primeira reacção positiva ao comunicado da autoridade monetária, a moeda europeia intensificou as quedas após a conferência de imprensa.
O Banco Central Europeu (BCE) deu esta quinta-feira mais um passo no sentido de mudar o seu discurso, rumo à normalização da sua política monetária, ao deixar cair a referência à possibilidade de aumentar o programa. Ainda assim, a garantia deixada por Mario Draghi de que se mantém inalterada a política de estímulos tranquilizou os investidores, com as bolsas europeias a subirem e os juros da região a corrigirem. Já o euro esteve a desvalorizar.
O comunicado da autoridade monetária europeia deixou cair a promessa de mais estímulos e impulsionou momentaneamente o euro. Contudo, os ganhos foram de pouca dura. À medida que Mario Draghi explicou que nada muda na política de estímulos, a divisa europeia inverteu para terreno negativo. À hora de fecho desta edição, o euro seguia a ceder 0,78% para 1,2314 dólares.
Já as bolsas europeias encerraram com sinal positivo, apesar da expectativa em torno das tarifas fiscais nos EUA. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 1,05%, numa sessão de alívio nas taxas de juro na região. A taxa de referência a dez anos de Portugal caiu 3,6 pontos base, para 1,823%, a acompanhar o movimento de correcção nos juros do euro. A excepção foram as "yields" italianas, que continuam pressionadas pela indefinição política no país.
"Era apenas uma questão de tempo até o BCE adaptar o seu comunicado", diz o Com-merzbank. O banco refere, porém, que mesmo após o final do programa de compra de activos, "o BCE vai continuar a reinvestir as obrigações que chegarem à maturidade por um longo período, mantendo perto de um terço de todas as obrigações governamentais, o que vai permanentemente baixar os juros da dívida pública".
O Departamento de Estudos da Caixa Económica Montepio Geral também acredita que "o BCE irá, lentamente, repensar a sua política monetária nos próximos meses, preparando o terreno para o fim do programa de compra de dívida em Setembro de 2018", o que, provavelmente, somente será anunciado na reunião de Junho.
O comunicado da autoridade monetária europeia deixou cair a promessa de mais estímulos e impulsionou momentaneamente o euro. Contudo, os ganhos foram de pouca dura. À medida que Mario Draghi explicou que nada muda na política de estímulos, a divisa europeia inverteu para terreno negativo. À hora de fecho desta edição, o euro seguia a ceder 0,78% para 1,2314 dólares.
"Era apenas uma questão de tempo até o BCE adaptar o seu comunicado", diz o Com-merzbank. O banco refere, porém, que mesmo após o final do programa de compra de activos, "o BCE vai continuar a reinvestir as obrigações que chegarem à maturidade por um longo período, mantendo perto de um terço de todas as obrigações governamentais, o que vai permanentemente baixar os juros da dívida pública".
O Departamento de Estudos da Caixa Económica Montepio Geral também acredita que "o BCE irá, lentamente, repensar a sua política monetária nos próximos meses, preparando o terreno para o fim do programa de compra de dívida em Setembro de 2018", o que, provavelmente, somente será anunciado na reunião de Junho.