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Depois da Euronext, NYSE quer comprar bolsas asiáticas

O administrador executivo do NYSE Group Inc., John Thain, que concordou em comprar a Euronext NV, a segunda maior bolsa da Europa, disse que deverá se voltar agora para a Ásia, num momento em que procura formar uma bolsa mundial.

05 de Junho de 2006 às 08:58
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O administrador executivo do NYSE Group Inc., John Thain, que concordou em comprar a Euronext NV, a segunda maior bolsa da Europa, disse que deverá se voltar agora para a Ásia, num momento em que procura formar uma bolsa mundial.

“Ligamos agora os EUA e a Europa e, portanto, a região mais lógica para que voltemos nossa atenção daqui em diante é a Ásia”, disse Thain a repórteres em entrevista colectiva concedida na sexta-feira em Paris.

“A questão com relação à Ásia é certamente legítima e de carácter estratégico, mas também é uma questão que tem de ser deixada um pouco mais para a frente.”

As bolsas estão sendo pressionadas a realizar fusões para reduzir os custos das transacções e permitir que os investidores comprem e vendam diferentes tipos de valores mobiliários em países localizados em fusos horários diferentes.

A Bolsa de Tóquio encabeça a lista de candidatas a uma fusão entre os mercados de capitais asiáticos, disse na semana passada Richard Grasso, ex-presidente do conselho administrativo da Bolsa de Nova York (NYSE), operada pelo NYSE Group Inc.

A formalização da intenção de Thain de adquirir a Euronext, por 7,78 mil milhões de euros (9,96 mil milhões de dólares), coloca o NYSE à frente de sua concorrente Nasdaq Stock Market Inc. na fundação de uma bolsa transatlântica.

A fusão reunirá a Bolsa de Nova York a bolsas de Paris, Amesterdão, Bruxelas e Lisboa e à segunda maior bolsa de derivativos da Europa.

O porte da nova empresa, que se chamará NYSE Euronext, superará o de suas concorrentes, ao totalizar um valor de mercado de aproximadamente 20 mil milhões de dólares (15,4 mil milhões de euros).

“Essa é uma oportunidade única de construir uma potência transatlântica em transacções”, disse Daniel Loeb, principal executivo da Third Point LLC.

“Como accionistas do NYSE e da Euronext, aplaudimos a fusão.”

Bolsas Asiáticas

Um dos obstáculos a aquisições de bolsas asiáticas tem sido o facto de que a maioria delas continua tendo capital fechado.

A Tokyo Stock Exchange, a Bolsa de Valores de Tóquio, que é a segunda maior bolsa do mundo, arquivou planos de abrir seu capital no início deste ano, depois que uma disparada das transacções congestionou seu sistema de computadores.

Toshitsugu Shimizu, um dos directores executivos da Bolsa de Tóquio, disse em entrevista concedida na semana passada que “é mais do que natural” que a bolsa se torne um alvo de aquisições, numa época em que as bolsas estão procurando formar parcerias mundiais.

Ele descartou uma aquisição da bolsa japonesa, pois a legislação de valores mobiliários do país proíbe qualquer investidor de assumir mais do que 50% de uma bolsa.

Uma compra de mais de 20% de participação acionista requer aprovação do Departamento de Serviços Financeiros do Japão.

Na Ásia não houve até o momento nenhuma fusão transnacional como a que criou a Euronext, formada pela união de quatro mercados de acções e uma bolsa de derivados de cinco países europeus. As bolsas de Austrália, Nova Zelândia, Singapura e Hong Kong são sociedades de capital aberto.

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