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CTT afundam perto de 9% em bolsa

A queda abrupta das ações dos CTT surge após a divulgação de resultados da empresa. Nos últimos nove meses, houve 26,3 milhões de euros, seis vezes mais do que em 2020, mas o último trimestre trouxe quebra acentuada.

A empresa liderada por João Bento enfrenta uma queda acentuada do valor das ações Pedro Catarino
05 de Novembro de 2021 às 11:11
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Ao início desta manhã, os CTT já eram a cotada que mais perdia no PSI-20, com uma queda superior a 3%, mas isso foi apenas o início — a meio da manhã, às 11h, a queda atingiu mesmo os 8,59%.

"A vendas das ações no principal índice da bolsa nacional deveu-se não só aos resultados terem saído abaixo do consenso do mercado como também da crise política atual que se vive em Portugal, com a marcação de eleições antecipadas para dia 30 de Janeiro, o que acaba também por trazer instabilidade para as ações nacionais como um todo", indica ao Negócios Nuno Mello, Analista XTB.

O analista indica que os resultados dos correios de Portugal ficaram aquém do que tinha sido antecipado pelo mercado. "Os investidores  reagiram negativamente ao facto dos custos operacionais terem subido 19,1% o que penalizou o EBIT que caiu para os onze milhões de euros", explica.


O trambolhão surge depois de a empresa ter apresentado, ao final da tarde desta quinta-feira, lucros de 26,3 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. Um valor que se mostrou insuficiente para convencer os investidores. A penalizar as ações dos CTT estará, nomeadamente, o comportamento dos últimos três meses, que trouxeram notícias menos animadoras para a empresa liderada por João Bento. O resultado recorrente antes de juros e impostos (EBIT) neste último trimestre teve uma queda acentuada de 19,6%, para 11 milhões de euros, à boleia de um aumento de 19,1% nos custos operacionais.

A nove meses, no entanto, o cenário é diferente. Os lucros de 26,3 milhões de euros superam largamente o que tinha sido registado nos mesmos meses de 2020 — lucro de 4,3 milhões de euros —, período muito marcado pelas restrições impostas para fazer face à pandemia.

Neste caso, os resultados são impulsionados por um aumento das receitas em 14,7% no conjunto dos três trimestres, para 612,9 milhões de euros. A área de Expresso e Encomendas teve o crescimento mais relevante, contribuindo com 186,3 milhões de euros (+41,7%). O Banco CTT também teve mais 12,3 milhões de euros (+20,7%) e o segmento Correio e Outros registou mais 8,2 milhões de euros (+2,6%), de acordo com o comunicado divulgado na CMVM.

(Notícia atualizada com comentário)
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