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CTT afirmam que foi dado “um novo passo para um contrato de concessão mais sustentável”
A resolução do Conselho de Ministros desta semana, que estabelece um prazo para a nomeação de uma comissão de avaliação para o contrato de concessão do serviço postal universal, é vista com bons olhos pelos CTT.
Numa chamada com analistas, os CTT comentam que a novidade revelada esta semana é "um novo passo" para a obtenção de um contrato de concessão "mais sustentável". Através de uma resolução do Conselho de Ministros, publicada esta quarta-feira em Diário da República, foi anunciado que o Governo tem um prazo de cinco dias úteis para nomear uma comissão de avaliação para o futuro contrato de concessão.
Aos analistas, João Bento, o CEO dos CTT, descreveu que este é um "passo importante" para o contrato de concessão, sublinhando a necessidade de o processo precisar agora de decorrer de forma "suave e rápida".
E, apesar do atual contexto político, João Bento frisa que os CTT estão "a receber todos os sinais" de que o executivo "está interessado em concluir" o tema "até ao final do ano".
Conforme detalhou o CEO dos CTT, há algumas questões que prometem já algumas diferenças neste próximo contrato, nomeadamente no caso de não conformidade com os critérios de qualidade. Caso não sejam cumpridos os critérios, "o mecanismo vai ser por compensação de obrigações de investimento", no sentido de alcançar os critérios, em substituição de "penalizações".
Relativamente aos preços, estes terão de "ser aprovados pelo Governo, depois de avaliados pela Anacom", referindo-se ao regulador da área das comunicações. Segundo João Bento, para 2022 "serão aplicados os preços do próximo contrato".
Na resolução do Conselho de Ministros desta semana ficou definido que este contrato de concessão para prestador de serviço postal universal "é celebrado ao abrigo de ajuste direto". Este futuro contrato vai ter um prazo de sete anos.
O contrato de concessão do serviço postal universal dos CTT, que estava previsto terminar no final de 2020, foi prorrogado por um ano, até 31 de dezembro de 2021.
A "call" com analistas decorreu no dia seguinte aos CTT apresentarem resultados. Até setembro, a empresa viu os lucros ascender a 26,3 milhões de euros, contra os 4,3 milhões registados no mesmo período do ano passado.
O negócio de Expresso e Encomendas foi aquele que mais cresceu nos nove meses deste ano, com as receitas a crescer 41,7% em termos homólogos, para 54,8 milhões de euros. As receitas dos primeiros nove meses ascenderam a 612,9 milhões de euros.
No terceiro trimestre do ano, o negócio de Correio e outros foi o único que registou uma quebra nas receitas, um recuo de 4,9%.