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Lucro dos CTT dispara à boleia de encomendas

A área de Expresso e Encomendas teve o crescimento mais expressivo, ao contribuir com 186,3 milhões de euros para as receitas, uma subida de 41,7%.

Os CTT, liderados por João Bento, vão comprar ações para atribuir aos administradores e quadros dirigentes.
Pedro Catarino
04 de Novembro de 2021 às 20:01
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Os CTT fecharam os primeiros nove meses de 2021 com lucros de 26,3 milhões de euros, um valor que compara com os 4,3 milhões alcançados no mesmo período do ano passado.

Os lucros foram impulsionados pelo crescimento do EBIT recorrente, que aumentou 20,4 milhões de euros face ao homólogo. As receitas subiram 14,7% para 612,9 milhões de euros.

A área de Expresso e Encomendas teve o crescimento mais expressivo, ao contribuir com 186,3 milhões de euros para as receitas, uma subida de 41,7%. Seguiu-se o Banco CTT, com mais 12,3 milhões de euros (+20,7%), Correio e Outros, que registou mais 8,2 milhões de euros (+2,6%), e Serviços Financeiros e Retalho, com um crescimento de 3,3 milhões de euros (+10,2%), de acordo com o comunicado dos resultados divulgado junto da CMVM.

O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) da empresa foi de 82,9 milhões de euros, um aumento de 17,5% face aos primeiros nove meses de 2020.

No mesmo comunicado, o grupo indicou que o segmento Expresso e Encomendas registou rendimentos, nos primeiros noves meses do ano, de 186,3 milhões de euros, "impulsionados pelo forte desempenho da região ibérica, com Espanha a mostrar os resultados da estratégia delineada apresentando um crescimento de 36,7 milhões de euros (+76,1%) e Portugal de +17,9 milhões de euros (+22,0%)".

No mesmo período, Espanha "representou 45,6% das receitas do segmento Expresso e Encomendas, tendo este contributo crescido 8,9 p.p. [pontos percentuais]" face ao período homólogo.

De acordo com os CTT, "os rendimentos da área de negócio de correio apresentaram no terceiro trimestre deste ano um decréscimo de 5,3 milhões de euros (-5,0%)" em relação ao trimestre homólogo, "devido ao desempenho do correio internacional de chegada, fortemente influenciado pelo fim da isenção do Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA) nas compras extracomunitárias de baixo valor [...] a partir de 1 de julho de 2021".

Os CTT revelaram ainda que os gastos operacionais no período em análise "totalizaram 567,4 milhões de euros, um crescimento de 50,4 milhões de euros (+9,8%) face ao período homólogo", sendo que os gastos com pessoal aumentaram 8,6 milhões de euros face ao período homólogo, sobretudo nas áreas de Expresso e Encomendas e no Banco CTT, "em que se verificou um crescimento acentuado do negócio".

A informação divulgada pela empresa mostra ainda que em 30 de setembro de 2021 "o número de trabalhadores/as dos CTT (efetivos do quadro e contratados a termo) era de 12.924, mais 452 (+3,6%) do que em 30 de setembro de 2020".

A empresa revelou que o investimento, nos primeiros nove meses do ano, se situou em 21,5 milhões de euros, "17,7% acima (+3,2 milhões de euros) do realizado" no período homólogo.

Rendimentos do Banco CTT crescem 20,7%

Os rendimentos operacionais do Banco CTT cresceram 20,7%, para 72,1 milhões de euros, face a igual período de 2020, indicou a empresa.

"O crescimento dos rendimentos contou com a performance positiva da margem financeira, que atingiu 40,4 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, 7,6 milhões de euros acima (+23,2%)" do registado no período homólogo".

Os CTT recordam que em abril de 2021 o Banco CTT iniciou a parceria com a Sonae Financial Services, "passando o Banco CTT a ser o único credor em relação à carteira de crédito do Cartão Universo", sendo que "este negócio gerou rendimentos de 6,1 milhões de euros, com um volume de balanço líquido de 243,9 milhões de euros em setembro de 2021".

Segundo a mesma nota, a "performance comercial do Banco CTT continuou a permitir o crescimento dos depósitos de clientes para 1.987,4 milhões de euros (+17,7% face a dezembro de 2020) e do número de contas para 559 mil contas (mais 41 mil que no final do ano de 2020)".

Os CTT revelaram ainda que em "30 de setembro de 2021 existiam 59 moratórias vivas que correspondem a 3,43 milhões de euros e que representam 0,3% da carteira de crédito a clientes (2,97 milhões de euros de crédito à habitação e 0,46 milhões de euros de crédito automóvel)".

De acordo com a empresa, "do total de moratórias terminadas, existem cerca de 2,9 milhões de euros com atrasos superiores a 30 dias, que representa cerca de 4,6% do total de moratórias privadas terminadas até 30 de setembro de 2021".

No mesmo comunicado, os CTT indicaram que "os rendimentos operacionais dos Serviços Financeiros e Retalho atingiram 35,6 milhões de euros" nos primeiros nove meses de 2021, mais 10,2% do que no período homólogo.

Esta área de negócios inclui os certificados de dívida pública e outros instrumentos semelhantes.
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