Notícia
Construtora chinesa Evergrande suspende ações na bolsa
O grupo Evergrande, uma das maiores construtoras da China, cujo colapso marcou o início da crise no setor imobiliário do país, suspendeu esta quinta-feira a negociação das ações na bolsa de valores de Hong Kong.
28 de Setembro de 2023 às 07:43
A negociação das ações de duas subsidiárias do Evergrande, a Evergrande Property Services, dedicada aos serviços imobiliários, e a Evergrande New Energy Vehicle, que opera veículos elétricos, também foi interrompida às 09:00 (02:00 em Lisboa), de acordo com avisos publicados no site da bolsa de Hong Kong.
As ações da Evergrande fecharam a sessão de quarta-feira a valer 32 centavos de dólar de Hong Kong (quatro cêntimos de euro). A empresa tinha retomado as negociações em bolsa a 28 de agosto, após um interregno de 17 meses.
A suspensão acontece um dia depois da agência de informação financeira Bloomberg ter avançado, citando fontes não identificadas, que o presidente do Evergrande, o bilionário Xu Jiayin, foi detido no início deste mês pelas autoridades chinesas.
Em meados de setembro, o grupo anunciou a detenção de funcionários de uma das subsidiárias, sem especificar as acusações. A revista de informação económica chinesa Caixin noticiou que dois ex-executivos da Evergrande também foram presos.
O setor imobiliário na China registou um crescimento meteórico nas últimas décadas, num país onde a venda de imóveis em planta permite financiar outros projetos.
Em 2020, a situação financeira de muitas construtoras chinesas deteriorou-se, depois de os reguladores chineses terem exigido às empresas um teto de 70% na relação entre passivo e ativos e um limite de 100% da dívida líquida sobre o património, suscitando uma crise de liquidez no setor, agravada pelas medidas de combate à pandemia da covid-19.
O colapso da Evergrande, cujo passivo ascende a 328 mil milhões de dólares (307 mil milhões de euros), é o caso mais emblemático desta crise, que tem fortes implicações para a classe média do país. Face a um mercado de capitais exíguo, o setor concentra uma enorme parcela da riqueza das famílias chinesas, cerca de 70%, de acordo com diferentes estimativas.
A crise afetou nos últimos meses outro peso pesado do setor: a Country Garden, até há pouco vista como uma empresa financeiramente sólida.
Na segunda-feira, uma outra subsidiária da Evergrande, a Hengda Real Estate, anunciou que não consegue pagar os pagamentos regulares de obrigações, aumentando a pressão sobre o grupo, antes de uma audiência marcada para o final de outubro com um grupo de credores, nos tribunais de Hong Kong.
As ações da Evergrande fecharam a sessão de quarta-feira a valer 32 centavos de dólar de Hong Kong (quatro cêntimos de euro). A empresa tinha retomado as negociações em bolsa a 28 de agosto, após um interregno de 17 meses.
Em meados de setembro, o grupo anunciou a detenção de funcionários de uma das subsidiárias, sem especificar as acusações. A revista de informação económica chinesa Caixin noticiou que dois ex-executivos da Evergrande também foram presos.
O setor imobiliário na China registou um crescimento meteórico nas últimas décadas, num país onde a venda de imóveis em planta permite financiar outros projetos.
Em 2020, a situação financeira de muitas construtoras chinesas deteriorou-se, depois de os reguladores chineses terem exigido às empresas um teto de 70% na relação entre passivo e ativos e um limite de 100% da dívida líquida sobre o património, suscitando uma crise de liquidez no setor, agravada pelas medidas de combate à pandemia da covid-19.
O colapso da Evergrande, cujo passivo ascende a 328 mil milhões de dólares (307 mil milhões de euros), é o caso mais emblemático desta crise, que tem fortes implicações para a classe média do país. Face a um mercado de capitais exíguo, o setor concentra uma enorme parcela da riqueza das famílias chinesas, cerca de 70%, de acordo com diferentes estimativas.
A crise afetou nos últimos meses outro peso pesado do setor: a Country Garden, até há pouco vista como uma empresa financeiramente sólida.
Na segunda-feira, uma outra subsidiária da Evergrande, a Hengda Real Estate, anunciou que não consegue pagar os pagamentos regulares de obrigações, aumentando a pressão sobre o grupo, antes de uma audiência marcada para o final de outubro com um grupo de credores, nos tribunais de Hong Kong.