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Ações da Evergrande disparam com retoma na bolsa de Hong Kong

O grupo Evergrande, uma das maiores construtoras da China, cujo colapso marcou o início da crise no setor imobiliário do país, confirmou esta terça-feira a retoma da negociação na bolsa de Hong Kong, suspensa desde a semana passada.

Aly Song / Reuters
03 de Outubro de 2023 às 08:13
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As ações da Evergrande registaram esta terça-feira uma forte subida na bolsa de Hong Kong, depois de terem estado suspensas durante vários dias.

Quando as negociações recomeçaram, por volta das 09:35 (02:35 em Lisboa), a Evergrande tinha ganhado quase 10%, antes de disparar quase 35% por volta das 10:00 (03:00).

O grupo Evergrande, uma das maiores construtoras da China, cujo colapso marcou o início da crise no setor imobiliário do país, confirmou hoje a retoma da negociação na bolsa de Hong Kong, suspensa desde quinta-feira.

O grupo tomou a decisão da suspensão um dia depois de a imprensa ter noticiado que o presidente da empresa, o bilionário Xu Jiayin, se encontrava em prisão domiciliária. A cotação das ações do Evergrande caiu 19%.

A Evergrande admitiu entretanto que Xu estava "sujeito a medidas coercivas devido a suspeitas de crime ou delito em violação da lei", sem avançar mais detalhes sobre a natureza das alegadas infrações.

O grupo solicitou na segunda-feira o reinício da negociação na bolsa. "O conselho de administração considera que as atividades da empresa são normais e que não existe qualquer outra informação relativa à empresa que deva ser tornada pública", declarou o Evergrande, na segunda-feira à noite, no que aparenta ser uma justificação para a retoma da negociação.

O anúncio surge durante uma semana de férias na China, por ocasião do feriado do dia nacional, 1 de outubro, período geralmente favorável à compra de imóveis.

Na segunda-feira, uma outra subsidiária da Evergrande, a Hengda Real Estate, anunciou que não consegue pagar os pagamentos regulares de obrigações, aumentando a pressão sobre o grupo, antes de uma audiência marcada para o final de outubro com um grupo de credores, nos tribunais de Hong Kong.
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