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Evergrande regressa à bolsa chinesa após 17 meses de pausa e afunda quase 87%

O gigante imobiliário chinês informou na passada sexta-feira que iria regressar ao mercado após 17 meses fora da bolsa. Durante a sessão desta segunda-feira, em Hong Kong, o sentimento foi sobretudo pressionado pelos resultados do semestre.

Aly Song / Reuters
28 de Agosto de 2023 às 15:38
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As ações do gigante do setor imobiliário chinês Evergrande chegaram a tombar quase 87% durante a sessão desta segunda-feira, tendo terminado o dia a afundar 78,79% para 0,35 dólares de Hong Kong, o equivalente a 0,041 euros à taxa de câmbio atual.

O movimento ocorre depois de as ações da empresa terem ficado sem negociar durante 17 meses. Em comunicado enviado ao mercado, na sexta-feira, a Evergrande afirmou ter cumprido todos os requisitos para levantar a suspensão da negociação das suas ações, em vigor desde 21 de março de 2022, e garantiu que possui "operações comerciais suficientes".


Além disso, há que ter em conta que as autoridades de Hong Kong só permitem este tipo de suspensão durante, no máximo, 18 meses. 

Ao todo, nesta "estreia", a empresa perdeu quase 18 mil milhões de dólares de Hong Kong do seu valor em bolsa, o equivalente a aproximadamente dois mil milhões de euros. Em seis anos, a companhia já perdeu cerca de 98% do seu valor em bolsa.

Durante a sessão desta segunda-feira, os investidores estiveram a digerir os mais recentes resultados da empresa, que reportou um prejuízo de 33.012 milhões de yuans (cerca de 4.200 milhões de euros), no primeiro semestre do ano.


De acordo com a agência espanhola EFE, a empresa, que em 2020 faturou 8.076 milhões de yuans (1.001 milhões de euros), indicou ainda que, no final de junho deste ano, o seu passivo total (despesas, dívidas e obrigações financeiras) ascendia a cerca de 2,38 biliões de yuans (303.752 milhões de euros), 2,02% inferior ao do ano anterior, mas cerca de 25% superior ao do final de 2020.

O gigante imobiliário da China foi responsável pelo início da crise que atravessa o setor no país desde 2021, quando anunciou que não conseguiria pagar as suas dívidas de 2,4 triliões de yuans, valor equivalente a 2% do Produto Interno Bruto (PIB) daquele país.

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