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Comissões travaram crescimento das transferências imediatas

Desde setembro de 2018 que os portugueses podem efetuar transferências em apenas dez segundos. Um instrumento de pagamento que tem contado com uma adesão crescente. Até ao final de março, foram realizadas 1,2 milhões de transferências imediatas.

Tiago Sousa Dias
Raquel Godinho rgodinho@negocios.pt 29 de Abril de 2019 às 13:00
A 18 de setembro do ano passado, passou a ser possível efetuar transferências imediatas em Portugal. Nos quatro meses seguintes, estas transferências registaram um crescimento relevante, evolução que abrandou a partir do início deste ano. O Banco de Portugal atribuiu este abrandamento nas operações à aplicação de comissões por parte das instituições financeiras.
Entre 18 de setembro de 2018 e 31 de março de 2019, foram realizadas em Portugal 1,2 milhões de transferências imediatas, num montante superior a 1,2 mil milhões de euros, revela o Relatório dos Sistemas de Pagamentos de 2018 publicado esta segunda-feira pelo Banco de Portugal. O valor médio destas operações é de mil euros aproximadamente. A maior utilização por parte das empresas deverá justificar este valor médio elevado.
Dezembro foi o mesmo em que ocorreram mais operações: 304.990 mil transferências, no valor de 267.040 euros. No mês seguinte, estas operações registaram um decréscimo relevante. O número de operações caiu mais de 51% para 148.660 transferências. E o valor caiu 32,8% para 179.354 euros. A aplicação de encargos por parte das instituições financeiras estará por trás desta queda ocorrida a partir do início do ano. 

O mesmo relatório revela ainda que "em novembro, o Eurosistema passou também a oferecer um serviço pan-europeu para a liquidação de pagamentos imediatos, o TARGET Instant Payment Settlement (TIPS), que, à data de lançamento, permitia operações entre as instituições aderentes de três países (Alemanha, Espanha e França)". Prevê-se que no decorrer deste ano haja desenvolvimentos no que toca à possibilidade de os portugueses efetuarem transferências imediatas para outros países europeus.

No final do ano passado, mais de 95% das contas de pagamento já estavam cobertas com esta funcionalidade. A expectativa do supervisor é de que, em 2019, mais canais e mais instituições possam disponibilizar esta solução. 
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