O Benfica só pode fazer aquisições e vendas de jogadores, acima de um determinado valor, depois de informar a CMVM, uma vez que foi alvo de uma oferta pública de aquisição, ficando limitado a actos de gestão corrente.

A Antena 1 noticiou que a compra e venda de jogadores está limitada a 20 milhões de euros. Contactado pela estação de rádio, o Benfica confirma que teve reuniões com a CMVM esta manhã, mas diz que não ficou definido nenhum valor.

Ao Jornal de Negócios Online, fonte do regulador adiantou que a compra e venda de jogadores por parte do Benfica, terá que ser analisada "caso a caso", não havendo um limite máximo estipulado.

Os 20 milhões noticiados pela Antena 1 correspondem ao valor que o Benfica tinha já adiantado no prospecto de admissão das acções em Bolsa como previsto para o rforço do plantel de futebol este ano. Este valor servirá, segundo a Antena 1, de referência para investimentos esta época. A emissão de obrigações permitiu ao clube encaixar este montante.

Esta limitação decorre do art 182º do Código dos Valores Mobiliários, que limita uma empresa alvo de OPA a actos de gestão corrente e que não alterem o seu valor patrimonial.

Berardo chamado à CMVM para esclarecer declarações

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários decidiu pedir esclarecimentos à Metalgest, empresa que lançou a OPA sobre a Benfica SAD, acerca das declarações proferidas por Joe Berardo acerca da OPA.

O investidor, no dia em que lançou a OPA, disse que o motivo da oferta era para "ajudar o Benfica", porque as cotações tinham descido demasiado.

Fonte oficial diz regulador diz que Berardo, ou os seus representantes, irão à CMVM nos próximos dias desta semana, para esclarecer estas "publicidade não autorizada" à OPA.

Questionada sobre se este procedimento poderá dar origem a uma coima, a CMVM não se quis pronunciar.