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Citi: Juros da dívida portuguesa devem manter-se baixos após eleições
O panorama político, que atualmente indicia um reforço dos assentos do PS no Parlamento, deverá fomentar a tendência de juros baixos que se tem verificado na dívida portuguesa, defende o Citigroup.
O Citigroup prevê que os juros da dívida portuguesa se mantenham no mesmo nível – perto de mínimos históricos – após as eleições legislativas.
Olhando às sondagens, o banco de investimento norte-americano defende que os resultados trarão conforto aos investidores. Mesmo que o Partido Socialista (PS) não consiga uma maioria absoluta, e volte nesse caso a ter de formar coligação com outros partidos, a probabilidade de aumentar o número de assentos no Parlamento ajuda ao desempenho das obrigações, diz o Citi.
"Isto deverá trazer um maior poder ao centro e para a agenda de consolidação fiscal do PS", explicam os analistas do banco. "Em troca, deverão abrir-se portas a mais revisões em alta do rating, sendo que Portugal já possui uma perspetiva positiva concedida por três das maiores agências".
Os juros da dívida portuguesa a dez anos segue esta quinta-feira, 3 de outubro, a recuar 3,3 pontos base para os 0,148%. Os juros destas obrigações têm-se mantido perto de mínimos históricos, tendo atingido o nível mais baixo de sempre, os 0,065%, no último dia 15 de agosto.
O nível atual dos juros entra em contraste com aquele que se verificava há 2 anos, quando Portugal pagava 4,5% aos investidores. O prémio em relação às obrigações de referência, as alemãs, chegou a estar nos 15 pontos percentuais, estando agora reduzido a pouco mais de 70 pontos base.