O Governo chinês apresentou hoje um conjunto de medidas para dinamizar o mercado de capitais no país, prometendo a criação de um mercado secundário para capitais de risco e obrigações, um sistema legal melhorado e uma maior liberdade para as corretoras.

O desenvolvimento do mercado de capitais foi considerada uma “decisão estratégica” pelo Conselho de Estado chinês, que espera poder quadruplicar a economia nos próximos vinte anos graças a um mercado mais dinâmico.

A estratégia passa por nove pontos, em que se destaca uma maior segmentação do mercado de capitais. Ao mercado existente junta-se um segundo mercado para capitais de risco e mercados para negociar obrigações e futuros.

As seguradoras terão possibilidade de investir mais dinheiro nas bolsas de Xangai e Shenzhen e as corretoras serão incentivadas a cotar-se em bolsa. Até ao momento, apenas uma corretora, a CITIC Securities, foi autorizada a ter as suas acções cotadas.

O documento prevê ainda uma maior coordenação nas políticas financeiras regionais de forma a não destabilizar o mercado e anuncia uma campanha de incentivos às firmas nacionais para investirem nos mercados.

O governo chinês promete também uma reforma do sistema legal para proteger os interesses dos investidores, não divulgando no entanto pormenores sobre esta reforma.

Desde que aderiu à Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2001, a China tem vindo a combater a corrupção e as fraudes de forma a tornar os seus mercados mais atractivos para capitais estrangeiros.