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China planeia impor restrições a IPO de tecnológicas nos EUA

A China terá planos para a criação de novas regras que, em última instância, poderão impedir as tecnológicas com um elevado número de dados pessoais de avançaram para IPO no mercado norte-americano.

27 de Agosto de 2021 às 10:27
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O regulador do mercado de capitais da China terá em cima da mesa planos para criar novas regras para as companhias chinesas interessadas em realizar ofertas públicas iniciais (IPO) nos Estados Unidos. A informação é avançada esta sexta-feira pelo Wall Street Journal, que cita fontes com conhecimento destes planos que, em última instância, poderão cortar as asas às ambições de algumas tecnológicas do país.

Nas últimas semanas, o regulador chinês já terá avançado a algumas empresas e investidores que estas regras pretendem impedir a entrada na bolsa dos EUA de empresas com uma grande quantidade de dados dos utilizadores.

No caso de empresas com dados menos sensíveis, escreve o WSJ, como é o caso da indústria farmacêutica, a vida também não está facilitada: existe uma elevada probabilidade de terem de receber aprovação da China para poder avançar com os planos.

Na lógica das autoridades da China, as empresas ligadas aos setores da Internet, telecomunicações e educação são particularmente sensíveis devido a questões políticas e de segurança, aponta o WSJ.

As alterações são estudadas depois de a plataforma de mobilidade Didi, que rivaliza com a Uber, se ter estreado em Wall Street no início de julho. O facto de a empresa ter escolhido os Estados Unidos para esta operação não agradou aos reguladores de Pequim. A Didi captou um investimento inicial 4,4 mil milhões de dólares na entrada na bolsa norte-americana, naquele que foi o maior IPO de uma empresa chinesa desde 2014, com a gigante Alibaba.

Poucas semanas depois, a Didi enfrentava as consequências do regulador chinês: Pequim impediu que a Didi registasse novos utilizadores. Dias depois, ordenou a todas as lojas de aplicações da China que removessem a aplicação dos serviços. A empresa, criada em 2012, alertou que a remoção da aplicação das lojas poderá ter consequências na receita da empresa.

Já esta semana, o jornal britânico Telegraph avançou que, com a pressão das autoridades a crescer, a empresa terá adiado os planos para entrada no mercado europeu. A Didi não é a única tecnológica chinesa a enfrentar a pressão de Pequim: também a Alibaba, a Meituan ou a Tencent estão no rol de empresas que têm visto o escrutínio à sua atividade crescer na China.
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