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Certificados de aforro captaram dinheiro pelo sexto mês

Os portugueses continuam a investir nos instrumentos de poupança do Estado, com os certificados de aforro e do tesouro a captarem poupança em abril.

22 de Maio de 2019 às 11:38
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Os certificados de aforro voltaram a captar dinheiro, em abril. Este trata-se do sexto mês consecutivo de subscrições positivas neste produto de poupança do Estado, após um período de dois anos de resgates. Entre certificados de aforro e certificados do tesouro, o Tesouro português já conseguiu financiar-se, em 2019, em cerca de 400 milhões de euros.

O "stock" aplicado em certificados de aforro atingiu, no mês passado, 11.929 milhões de euros, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal. Este valor representa um aumento de 11 milhões de euros face a março, sendo que desde novembro de 2018 que estes produtos têm conseguido captar dinheiro, invertendo a tendência negativa que registavam desde outubro de 2016.

Fatores como a queda das taxas Euribor para valores negativos, a concorrência dos certificados do Tesouro – produtos que garantem uma taxa mais elevada – ou o fim de alguns prémios que ainda estavam em vigor acelerou um desinvestimento dos CA. Mas, a perspetiva de subida das taxas a partir do próximo ano e a manutenção dos juros dos depósitos em zero tem motivado um regresso a estes produtos.

Os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC)  também captaram dinheiro, em abril. Segundo os números do Banco de Portugal, o saldo vivo destes certificados aumentou de 16.687 para 16.758 milhões de euros. Ou seja, as subscrições foram de 71 milhões de euros. Apesar do ritmo de entradas estar a diminuir, estes produtos continuam a recolher poupança, ao contrário do que era antecipado pelo Governo.

No Orçamento do Estado para este ano, o Executivo de António Costa antecipava saídas no valor de mil milhões de euros nos certificados de poupança, devido aos reembolsos dos primeiros certificados do Tesouro, que começaram a chegar à maturidade.

"A partir de outubro de 2018, os primeiros CTPM começarão atingir a sua maturidade original, estimando-se amortizações de 610 milhões a vencer em 2018 e 2,9 mil milhões de euros em 2019, a que acrescem também amortizações da série C de CA (cerca de 80 milhões em cada ano)", explicava o Governo no orçamento deste ano.

Ainda no mesmo documento, o Governo explicava que "os CTPM que vencem em 2019 beneficiavam de remunerações muito atrativas, pelo que seja por inércia, seja pela busca de outro tipo de aplicações com maior remuneração, uma parte significativa deste montante poderá não ser reinvestida em CA ou CTPC, o que poderá implicar subscrições líquidas negativas destes instrumentos em 2019".

Entre CA e CTPM, o Estado endividou-se em 82 milhões de euros, em abril, junto das famílias. No total dos quatro meses de 2019, os pequenos investidores já emprestaram ao Estado 397 milhões de euros.

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