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BPI dispara 6% com entrada de Isabel dos Santos no capital

As acções do Banco BPI fecharam a valorizar mais de 6%, um dia depois do Banco Comercial Português ter anunciado que alienou a posição de 9,69% no banco à Santoro Financial Holding, companhia controlada por Isabel dos Santos, filha do presidente da República de Angola.

18 de Dezembro de 2008 às 16:56
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Isabel dos Santos
Filha do presidente de Angola
As acções do Banco BPI fecharam a valorizar mais de 6%, um dia depois do Banco Comercial Português ter anunciado que alienou a posição de 9,69% no banco à Santoro Financial Holding, companhia controlada por Isabel dos Santos, filha do presidente da República de Angola.

As acções do Banco BPI terminaram o dia nos 1,50 euros, o valor mais elevado desde 20 de Novembro, após uma valorização de 6,23%. Os títulos chegaram a subir um máximo de 14,45%, reagindo ao facto de as acções do BPI terem sido compradas bem acima do preço de mercado.

A empresa de Isabel dos Santos comprou a participação por 163,9 milhões de euros, tendo cada uma das 87.214.836 acções um valor de aquisição de 1,88 euros. Este valor é 33,1% superior à cotação de fecho do BPI na sessão de ontem, nos 1,412 euros.

Este negócio suscitou também junto dos analistas o aumento da especulação de cenários de fusões e aquisições. No Iberian Daily da Espírito Santo Research, o especialista, Tiago Bossa Dionísio, explica que esta operação “poderá gerar cenários de fusões e aquisições no futuro” , relembrando que “recentemente, o La Caixa sublinhou a intenção de reforçar a sua actual participação no BPI, de 29%, para os 33%”.

Já o André Rodrigues do CaixaBI, sublinha que, do ponto de vista do BPI, a alteração da sua estrutura accionista “tem de ser encarada com a neutralidade de um acto normal de mercado”.

“Ainda assim, não deixa de ser potencialmente positivo o facto de um accionista (a partir de agora) de referência considerar a entrada na estrutura accionista do banco por um preço 33.1% superior ao preço de mercado”, afirma a mesma fonte.

Francisco Goarmon, operador da Probolsa adiantou ao Negócios que “as acções do Banco BPI estão claramente a subir devido ao preço a que foi feita a operação, ou seja, ao preço que o novo accionista pagou pela participação do BCP no BPI”.

Apesar da subida de hoje, o BPI acumula uma perda de 70,87% em 2008, uma das mais elevadas do PSI-20, o que reduziu o valor de mercado do banco para 1,35 mil milhões de euros.

No BCP o negócio até teve um impacto positivo no início da sessão, mas as acções acabaram por fechar o dia a cair 0,62% para 0,799 euros.

A participação do banco de Santos Ferreira no BPI originou um registo de uma imparidade (líquida de imposto) 215,7 milhões de euros até Setembro de 2008.

De acordo com os cálculos de Goarmon, o BCP deverá registar um valor de imparidade no quarto trimestre do ano de cerca de 65 milhões de euros (considerando o preço de fecho da sessão de ontem)”, acrescenta a mesma fonte.



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