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Bolsas europeias fecham trimestre em alta pela primeira vez este ano

As acções europeias e norte-americanas fecharam o terceiro trimestre com sinal positivo, devido ao alívio dos receios em torno do Brexit. O petróleo caiu e a libra completou a maior série de perdas face ao dólar desde 1984.

Reuters
01 de Outubro de 2016 às 09:30
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O terceiro trimestre foi de ganhos para as acções europeias e norte-americanas, sobretudo devido ao comportamento verificado em Julho, mês em que recuperaram parte das fortes descidas decorrentes do Brexit.

O índice de referência para a Europa – o Stoxx600 – valorizou quase 4% no período entre Julho e Setembro, depois de dois trimestres consecutivos de perdas. Também o português PSI-20 fechou o trimestre com sinal positivo pela primeira vez este ano.

O principal índice português ganhou 3,22%, depois de ter caído 11,29% no segundo trimestre do ano e 5,51% no primeiro.

Em Lisboa, a "estrela" do trimestre foi a Pharol, que disparou 130,77%. Grande parte da subida é explicada pelo comportamento dos títulos em Julho, mês em que recuperaram do abalo provocado pelo pedido de protecção contra credores apresentado pela Oi a 20 de Junho.

Entre as cotadas que mais valorizaram destacam-se ainda a Corticeira Amorim, com uma subida de 20,24% no trimestre, a Semapa (14,99%), a Mota-Engil (14,85%) e a Nos (11,14%).

Do lado das perdas estão os CTT, o BCP, o Montepio, a Sonae e a Galp Energia.

A empresa de correios – que fechou o trimestre com uma queda de quase 16% - tem estado sob pressão, sobretudo desde que apresentou os resultados dos primeiros seis meses do ano. A 4 de Agosto os CTT reportaram uma queda de 19% dos lucros para 31,7 milhões de euros. O Banco CTT impactou o resultado em 10,2 milhões de euros. 

 

Desde então têm sido várias as casas de investimento que emitiram notas de análise onde reviram as suas estimativas e avaliações da empresa liderada por Francisco Lacerda.

 

A Galp Energia, por seu lado, acumulou uma descida de 2,68%, num período que também foi de perdas para o petróleo. Tanto o Brent de Londres como o West Texas Intermediate (WTI) de Nova Iorque fecharam com sinal vermelho o trimestre que terminou com um acordo entre os membros da OPEP para reduzir a produção de petróleo.

Na Europa, a banca esteve em destaque neste período. Primeiro, as instituições italianas, que foram fortemente castigadas pelos receios em torno do elevado montante de crédito malparado. Depois, a banca alemã, onde o Deutsche Bank tem estado no centro das atenções devido às preocupações sobre os seus níveis de capital e a forma como enfrentará uma multa das autoridades norte-americanas. O maior banco da Europa somou o sexto trimestre consecutivo de perdas.

Do outro lado do Atlântico, o S&P500 fechou o quarto trimestre consecutivo de ganhos com um avanço de 3,4%. O Nadaq somou 9,83% e o Dow Jones 2,25%.

Libra completou maior série de perdas em mais de 30 anos

A moeda britânica completou, em Setembro, o quinto trimestre consecutivo de quedas face ao dólar – a maior série de desvalorizações desde 1984 – reflectindo os receios em torno do Brexit.

A moeda britânica protagoniza o pior desempenho entre as 16 principais congéneres mundiais, este ano, tendo registado a maior descida de sempre face ao dólar no dia 24 de Junho, depois do referendo em que a maioria dos cidadãos do Reino Unido votou a favor da saída da União Europeia.

Nos três meses que antecederam a realização da consulta popular, a libra caiu mais de 7%, depois dos recuos superiores a 2,5% nos três trimestres anteriores. Desde o período entre Março e Junho de 2015 que a libra não fecha um trimestre com sinal positivo.

 

Em Agosto, porém, a moeda britânica recuperou algum terreno, quando os indicadores económicos cobrindo o período desde o referendo se revelaram mais positivos do que era esperado pelos analistas.

Ainda assim, a libra continua vulnerável a mudanças abruptas no sentimento, numa altura em que ainda não é clara a forma como o país vai abandonar a União Europeia.

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