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Bolsas europeias em máximos com OPA no sector do aço

As principais bolsas europeias encerraram em máximos de perto de quatro anos e meio, impulsionadas pela OPA hostil da maior empresa mundial do aço, Mittal Steel, sobre a rival Arcelor, o que deixa pensar que vão registar-se mais ofertas de aquisições na i

27 de Janeiro de 2006 às 19:08
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As principais bolsas europeias encerraram em máximos de perto de quatro anos e meio, impulsionadas pela OPA hostil da maior empresa mundial do aço, Mittal Steel, sobre a rival Arcelor, o que deixa pensar que vão registar-se mais ofertas de aquisições na indústria do aço. Em Madrid, a bolsa escalou para níveis de há mais de cinco anos.

As acções da Arcelor, líder europeia do aço, subiram 39,86% na Bolsa de Madrid, estabelecendo-se em 31,16 euros. O índice Ibex ultrapassou os 11.000 pontos, nível que andava a tentar alcançar há algum tempo. O valor mais alto do dia foi de 11.026,90 pontos – o máximo desde 6 de Outubro de 2000. No fecho, estabeleceu-se em 11.023,20 pontos, um acréscimo de 1,22% face a ontem. A Mittal abriu em 27,90 euros e fechou em 27,63 na Euronext Amesterdão, tendo estado a ganhar um máximo de 9,87%. A negociação deste título chegou a estar suspensa, logo a seguir ao anúncio da OPA. A Dofasco, ThyssenKrupp e outras empresas do sector ganharam igualmente terreno, como o grupo Corus, Acerinox e a Tata Steel.

«As fusões e aquisições na indústria do aço são parte da globalização. Vão existir cada vez mais negócios destes», comentou à Bloomberg um gestor de fundos da La Française des Placements. Os ganhos nos mercados da Ásia e dos EUA também contribuíram para a tendência positiva na Europa, bem como o optimismo acerca da economia alemã e do crescimento dos lucros nos Estados Unidos. As siderúrgicas, petrolíferas e mineiras foram as acções que mais terreno ganharam, estimuladas pelas boas performances nos seus sectores. Entre as petrolíferas, apenas a Repsol cedeu, perdendo 3,10% para 22,17 euros, devido ao anúncio feito ontem de que vai reduzir 25% das suas reservas de gás e petróleo com o objectivo de cumprir uma nova lei de energia na Bolívia e depois de ter efectuado os cálculos dos seus «stocks» nesse país e na Argentina.

Os 18 índices da Europa Ocidental subiram todos, exceptuando Portugal e a Grécia. O DJ EuroStoxx 50 subiu 1,24%, fixando-se em 3.442,72 pontos. As petrolíferas foram as que mais influência tiveram neste movimento.

Em Londres, o Footsie encerrou a ganhar 1,12%, nos 5.786,8 pontos, no dia em que tocou no máximo desde Junho de 2001.As acções que mais pesaram nesta tendência de subida foram a BP, GlaxoSmithKline e Royal Dutch Shell.

O CAC-40 fechou em alta de 1,64%, nos 4.956,6 pontos, o valor máximo desde Agosto de 2001. Os títulos que mais impulsionaram o índice da praça parisiense foram a Arcelor e a petrolífera Total.

O índice da bolsa de Frankfurt disparou 1,78%, para 5.647,46 pontos, depois de ter chegado a estabelecer-se em 5.650,95 pontos – o que correspondeu ao nível mais alto desde Agosto de 2001. Entre as acções que mais estimularam o DAX estiveram a E.ON AG e a Allianz. A ThyssenKrupp, maior fabricante alemã de aço, também se evidenciou, com um ganho de 8,1%, na sequência da promessa da Mittal. A impulsionar esta siderúrgica esteve também o anúncio do aumento das suas metas de crescimento de lucros para os próximos três a cinco anos.

Em Amesterdão, 21 membros fecharam em alta e apenas dois em baixa. A petrolífera Shell e a financeira ING Groep estiveram entre as vedetas da sessão, onde o índice AEX chegou ao máximo desde Junho de 2002, ao tocar nos 449,73 pontos.

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