Os mercados bolsistas norte-americanos foram contagiados por um sentimento positivo generalizado, depois da Reserva Federal (Fed) ter anunciado mais um corte da taxa de juro dos EUA e da economia do país ter registado um desempenho melhor do que o esperado no terceiro trimestre. O Dow Jones fechou a valorizar 1% e o Nasdaq subiu 1,51%.

O índice Dow Jones [indu] encerrou nos 13.930,01pontos e o Nasdaq [ccmp] fechou nos 2.859,12 pontos.

A Fed anunciou esta tarde a redução da taxa de juro de 4,75% para 4,5%, um corte esperado, mas cuja confirmação veio animar a negociação bolsista.

Os responsáveis pela autoridade monetária estão a tentar que a crise no sector imobiliário não provoque uma recessão na economia norte-americana.

"A medida de hoje, combinada com a medida tomada em Setembro, deverá ajudar a prevenir alguns efeitos adversos na economia que podem, de outra forma, surgir", defendeu hoje o comité da Fed, citado pela Bloomberg.

Estas indicações dadas pelos governadores sugerem que a Fed não está a pensar voltar a reduzir os juros no curto prazo, mas a evolução do preço do dinheiro só será confirmada depois de serem conhecidos novos indicadores económicos.

A beneficiar a negociação bolsista esteve ainda a divulgação dos dados do produto interno bruto (PIB) dos EUA. Foi hoje conhecido que o ritmo de crescimento económico norte-americano acelerou no terceiro trimestre, ao contrário do esperado.

O PIB dos EUA cresceu a um ritmo anual de 3,9% no trimestre, o que corresponde ao maior crescimento desde o primeiro trimestre de 2006.

O sector tecnológico valorizou, com a Intel a ganhar mais de 2% para os 26,90 dólares e a Cisco a subir para os 33,06 dólares. Em destaque estiveram ainda as acções da Google, que superaram os 700 dólares. As acções da dona do motor de busca mais usado do mundo fecharam nos 707,00 dólares.

Petrolíferas beneficiam de máximos da matéria-prima

A petrolíferas beneficiaram ainda da subida dos preços do petróleo, que hoje atingiu um novo máximo histórico.

Os preços do petróleo dispararam depois do Departamento de Energia dos EUA ter divulgado que as reservas de crude caíram em 3,8 milhões de barris quando as estimativas dos analistas apontavam para um aumento de 400 mil barris.

Este dado fez aumentar os receios de falta de fornecimento do mercado. O que ganhou uma dimensão ainda maior, depois de ter sido divulgado o crescimento da economia dos EUA.

O ritmo de expansão da economia sugere que o consumo de combustíveis deverá aumentar, no país que é o maior consumidor de petróleo do mundo.

A Exxon Mobil valorizou 0,93% para 91,99 dólares e a Chevron cresceu 1,59% para 91,51 dólares.

1 euro =1,4483 dólares