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Bolsa de São Paulo dispara 14%. É a maior subida desde 2008

O Negócios está a acompanhar ao minuto as principais movimentações dos mercados esta sexta-feira.

Rafael Matsunaga
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Europa com maior rombo da história

O índice de referência que agrega as 600 maiores cotadas europeias, o Stoxx600, fechou com uma quebra de 11,48% para os 294,93 pontos, a maior desde 1987, o primeiro ano em que existem registos. Os mercados acionistas precipitaram-se mais fundo no vermelho com os investidores a mostrarem apreensão perante a resposta dada à epidemia de coronavírus pelo presidente da maior economia do mundo, Donald Trump, e pela presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde.

 

Donald Trump, que havia prometido "grandes" medidas para contrariar e remediar o impacto do vírus, acabou por avançar apenas com um plano de linhas de crédito para pequenas empresas nos estados e territórios afetados, às quais quer destinar 50 mil milhões de dólares. 

 

No que toca aos resultados da reunião do BCE, as expectativas de que o banco central iria ver-se obrigado a reduzir taxas de juro, apesar de estas já se encontrarem em níveis negativos, saíram defraudadas, com Lagarde a anunciar um pacote de estímulos temporário.

 

Numa nota mais positiva, as bolsas de Wall Street estão a travar as quedas, seguindo a ceder na casa dos 5%, depois de a Fed de Nova Iorque ter anunciado medidas adicionais de estímulo, que passam por comprar obrigações. Antes deste anúncio, o S&P500 estava a deslizar mais de 8%. 

 

Dow e S&P 500 com maior queda desde segunda-feira negra de 1987

As bolsas norte-americanas voltaram a registar fortes quedas, à semelhança do resto do mundo. O anúncio de que a Fed de Nova Iorque vai comprar obrigações para estimular a economia ainda travou as perdas em Wall Street, mas apenas momentaneamente.

Desvalorizações históricas na Europa e Wall Street

A sessão de quinta-feira foi negra para os mercados acionistas globais, com o Stoxx600 a afundar mais de 11% na maior queda diária de sempre, enquanto os índices norte-americanos sofreram a descida mais forte desde a "Black Monday" de 1987. Veja aqui o "minuto a minuto" do dia.

Bolsas asiáticas sofrem fortes quedas

As bolsas asiáticas seguiram o desempenho das bolsas norte-americanas e europeias na sessão de quinta-feira, embora as desvalorizações tenham sido menos pronunciadas, com a maioria dos índices a marcarem valores de fecho acima da abertura. O Nikkei da bolsa nipónica chegou a cair perto de 10% e fechou o dia a cair 6,08%. A bolsa da Austrália até conseguiu fechar em alta.

Futuros do S&P500 em alta

A negociação dos futuros aponta nesta altura para uma sessão de recuperação nas bolsas norte-americanas e europeias. Os futuros do S&P500 sobem 1,72%, depois de vários bancos centrais terem seguido as pisadas da Fed com injeções de dinheiro para acalmar os mercados. Os futuros do FTSE avançam 2,6%  e os futuros do Euro Stoxx estão ainda em queda ligeira.

Bancos centrais de todo o mundo seguem a Fed
Vários bancos centrais decidiram seguir os passos da Fed e anunciar um reforço dos seus programas de compras de ativos para dar estabilidade ao mercado e evitar subidas acentuadas nos custos de financiamento. 

O Banco do Japão anunciou a compra de 200 mil milhões de ienes (cerca de 1,7 mil milhões de euros) de obrigações numa operação não programada, enquanto o banco central da Austrália aumentou em 8,8 mil milhões de dólares australianos (cerca de 5 mil milhões de euros) as suas operações de recompra.

Já o banco central do Canadá anunciou um aumento da frequência das suas operações, que deixam de se realizar de duas em duas semanas para se realizarem semanalmente.

PSI-20 abre a ganhar mais de 3%
Depois de ter vivido uma sessão negra – a segunda pior de sempre – a bolsa nacional abriu em alta esta sexta-feira, 13 de março, a acompanhar a recuperação das pares europeias.

O PSI-20 valoriza 3,07% para 3.922,81 pontos, com 14 cotadas em alta e quatro em queda. Na sessão de ontem, o principal índice nacional caiu 9,74% para mínimos de 24 anos.
Stoxx600 recupera de maior queda de sempre
Stoxx600 recupera de maior queda de sempre

Confirma-se a tendência de recuperação nas bolsas europeias, com o Stoxx600 a conseguir anular uma parte da desvalorização que sofreu na quinta-feira negra. O índice que agrupa as 600 maiores cotadas europeias avança 2,71%, depois de ontem ter descido 11,48% para os 294,93 pontos, naquela que foi a maior queda de sempre desde índice criado em 1987.

Entre os índices nacionais destaca-se o IBEX de Madrid, que sobe 6,62% depois de ontem ter afundado perto de 15%.

Os analistas estão a atribuir esta tendência de recuperação às medidas de emergência adotadas pelos bancos centrais nas últimas horas.

 

 

Juros da dívida portuguesa em máximos de maio

Os juros da dívida portuguesa voltam a agravar-se, numa altura em que as obrigações soberanas dos periféricos estão a deixar de ser vistas pelos investidores como ativos de refúgio.

 

A "yield" das obrigações do Tesouro a 10 anos aumenta 9 pontos base para 0,801%, o que representa o nível mais elevado desde maio do ano passado. No espaço de três semanas a taxa de juro das obrigações portuguesas disparou quase quatro vezes (em fevereiro chegou a estar em 0,2%), o que demonstra como têm sido bruscas as movimentas nos mercados nestas últimas semanas.

Petróleo com maior queda semanal desde 2008

O petróleo está hoje a recuperar nos mercados internacionais, não evitando, porém, a maior queda semanal dos últimos 12 anos.

A matéria-prima deverá completar esta sexta-feira a sua pior semana desde 2008, numa altura em que choques simultâneos na oferta e na procura não dão sinais de abrandamento: por um lado, a Arábia Saudita e outros produtores da região estão a aumentar acentuadamente a oferta, numa verdadeira guerra de preços com a Rússia, e por outro, as perspetivas para a procura degradam-se, devido ao expectável abrandamento global por causa do coronavírus.  

Nesta altura, o Brent, negociado em Londres, valoriza 3,10% para 34,25 dólares, mas ainda perde quase 24% na semana. Já o West Texas Intermediate (WTI), transacionado em Nova Iorque, soma 3,21% para32,51 dólares, reduzindo para aproximadamente 21% a desvalorização acumulada na semana.

O petróleo, tal como a maioria das classes de ativos, viveu uma verdadeira semana negra, em que os mercados foram sacudidos pelos receios de que o novo coronavírus provoque uma forte retração na economia global.

Autoridade que regula bolsa de Madrid proíbe vendas a descoberto de ações com maior queda

A Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV) de Espanha proibiu as vendas a descoberto, durante o dia de hoje, das ações que mais caíram na sessão de quinta-feira da Bolsa de Madrid.

O índice principal deste mercado financeiro, o Ibex 35, caiu 14,06% na quinta-feira, a maior queda da sua história. As vendas a descoberto destinam-se a provocar uma diminuição no preço das ações, com o objetivo de serem recompradas a um preço mais barato.

A proibição decidida pela CNMV estende-se a todas as ações líquidas admitidas à negociação nas bolsas espanholas cujo preço caiu mais de 10% na sessão de quinta-feira e a todas as ações ilíquidas com uma queda superior a 20%. De acordo com a CNMV, estão envolvidos um total de 69 títulos, incluindo Abengoa, Acciona, FCC, ACS, Acerinox, Aena, Airbus, Amadeus, BBVA, Santander, Bankia, Bankinter, CaixaBank, Enagás, Ence, Endesa, Ferrovial, Gestamp, Iberdrola, Inditex, Merlin, NH, OHL, REE, Repsol, Talgo, Técnicas Reunidas e Telefónica.

Banco da China injeta 79 mil milhões no sistema financeiro

O Banco Popular da China, autoridade monetária da China, adotou um conjunto de medidas que vai permitir libertar cerca de 550 mil milhões yuans (79 mil milhões de dólares) de liquidez no sistema financeiro do país.

O banco central cortou os rácios de reserva dos bancos entre 0,5 e 1 pontos percentuais. Para beneficiarem desta medida, os bancos têm de provar que aumentaram o crédito às pequenas empresas em 2019.

Esta e outras medidas de política monetária para apoiar a economia vão ser implementadas a partir de 16 de março. O Banco Popular da China diz em que comunicado que está a "adotar uma política monetária mais flexível e apropriada" ao atual momento.

Esta decisão teve um impacto positivo nos mercados, com as bolsas europeias e os futuros de Wall Street acelerarem os ganhos. O Stoxx600 valoriza 3,57% para 305,47 pontos. Os futuros sobre o S&P500 ganham 3,46% para 2.541 pontos.

A China registou hoje oito novos casos de infeção pelo Covid-19, o número mais baixo desde que iniciou a contagem diária, em janeiro, numa altura em que outros países lidam com novos focos do surto. Até à meia-noite de quinta-feira (16:00 horas de quarta-feira, em Lisboa), o número de mortos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, subiu para 3.176, após terem sido contabilizadas mais sete vítimas fatais. No total, o país soma 80.813 infetados.

Criptomoedas perdem 93,5 mil milhões de dólares num dia
As criptomoedas não escaparam ao impacto que a covid-19 está a ter nos mercados financeiros em todo o mundo e afundaram na sessão da passada quinta-feira, dia 12 de março. Nesse período, o mercado das moedas digitais perdeu 93,5 mil milhões de dólares em capitalização de mercado, de acordo com o Coinmarketcap.com.

A Bitcoin, a maior criptomoeda do mundo em termos de capitalização - avaliada em 102 mil milhões de dólares - viu a sua cotação afundar 48% no aglomerado das últimas duas sessões. Por esta altura, a moeda digital mantém um comportamento negativo e cai 3,67% para os 5.515,42 dólares, tendo já derrapado 31,63% para os 3.914,70, o que representa o valor mais baixo desde março do ano passado.
Bolsas europeias com maior subida desde 2015

As bolsas europeias continuam a acelerar os ganhos da abertura. O Stoxx600 valoriza agora 4,5%, o que representa o ganho mais acentuado desde agosto de 2015. O índice europeu está assim a recuperar quase metade das perdas de ontem, que foram as mais fortes de sempre.

Todos os 19 índices setoriais do Stoxx estão a ganhar terreno, com destaque para as mineiras a liderar os ganhos. Em Lisboa o PSI-20 ganha 5,15% e em Madrid o IBEX dispara 6,5%. Em Milão assiste-se ao ganho mais acentuado. O índice dispara 9,29% depois de ontem ter perdido 17%. 

Em Wall Street os futuros sobre o S&P500 já atingiram o limite da subida diária de 5%. 

Itália bane apostas na queda de 85 cotadas. Alemanha afasta hipótese

Tal como foi decretado em Espanha, também Itália está a proibir a aposta na queda (short-selling) em várias cotadas, depois de a bolsa transalpina ter assistido à maior quebra de sempre na última sessão, perto dos 17%.

Entre as empresas em causa estão a UniCredit e a Telecom Italia, avança a Bloomberg.

Na Alemanha, fonte oficial da Deutsche Boerse avançou que esta hipótese não está para já em cima da mesa, mas a Euronext remete a decisão para o regulador, que informou estra a monitorizar a situação. A suíça SIX Exchange também se mostra recuada, alegando que se trata do mercado a funcionar.

No extremo oposto posiciona-se a Coreia do Sul, um dos territórios mais afetados pelo surto de coronavírus a nível mundial. A Comissão de Serviços Financeiros deste país anunciou que vai banir as posições curtas sobre cotadas pertencentes a vários índices – Kospi, Kosdaq e Konex – durante seis meses.

Wall Street dispara mais de 5% à espera de mais estímulos

Os principais índices norte-americanos, que viveram ontem a sua pior sessão desde o final dos anos 1980, estão a registar fortes ganhos esta sexta-feira, 13 de março, com os investidores à espera de novas medidas de estímulo para travar o impacto do coronavírus.

O índice industrial Dow Jones sobe 4,86% para 22.231,04 pontos, depois de ter perdido ontem 2.352,41 pontos, a maior queda em pontos da sua história.

O tecnológico Nasdaq avança 5,29% para 7.580,73 pontos, enquanto o S&P500, que recuou ontem 9,51% - a maior desvalorização diária desde a segunda-feira negra do crash de 19 de outubro de 1987 - ganha 5,23% para 2.610,77 pontos.

Bolsa de valores do Brasil em alta depois de registar a pior queda em duas décadas

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), a maior da América Latina, começou o dia com uma subida de 13,72%, depois de sofrer a pior queda em duas décadas na véspera devido ao pânico global causado pelo novo coronavírus.

O mercado brasileiro ganhou força depois de cair 14,78% no dia anterior, na sua pior sessão desde 10 de setembro de 1998, quando as perdas chegaram a 15,82%.

O índice Ibovespa, que negoceia as ações das maiores empresas do país, avançava 13,72% aos 82.541 pontos após os primeiros vinte minutos de operação, enquanto o dólar também operou em baixa.

Por volta das 11:05 (14:05 em Lisboa), a alta havia perdido força e o Ibovespa operava com alta de 6% aos 78.674 pontos.

Wall Street desacelera com iminência de declaração de emergência nacional

Os principais índices da bolsa de Nova Iorque reduziram os ganhos de hoje após a Bloomberg ter avançado que o presidente norte-americano vai declarar o estado de emergência nacional devido à pandemia do coronavírus Covid-19.

Donald Trump vai dar uma conferência de imprensa pelas 15:00 locais (19:00 de Lisboa) e, segundo a Bloomberg, irá declarar o estado de emergência nacional devido ao surto pandémico.

Depois de terem estado a ganhar mais de 5%, em recuperação após as maiores quedas em mais de duas décadas registadas na sessão de ontem, os índices ganham agora pouco mais de 1%.

O Dow Jones avança 1,22%, para os 21.460,12 pontos, enquanto o Nasdaq Composite valoriza 1,03%, cotando nos 7.275,97 pontos. O S&P 500 está a subir 1,83%, para os 2.525,99 pontos.

PSI-20 fecha em alta a acompanhar Europa

O PSI-20 encerrou a sessão desta sexta-feira a ganhar 0,83%, para os 3.837,38 pontos.

A praça "alfacinha" acompanhou os ganhos das congéneres europeias, animadas com o anúncio de novos estímulos para enfrentar os efeitos da pandemia do coronavírus Covid-19.

O setor da energia destacou-se na Euronext Lisboa, com a EDP (+2,19%), EDP Renováveis (+3,18%) e Galp (1,42%) a subirem.

Canadá corta taxas de juro para 0,75%
O Banco Central do Canadá cortou esta sexta-feira a taxa de juro de referência em 50 pontos base, para 0,75%. 

Este foi o segundo corte de 50 pontos base decidido pelo banco no espaço de 10 dias.

A 4 de março o banco central canadiano reduziu as taxas de juro de 1,75% para 1,25%, um corte maior do que o esperado pelos analistas e idêntico ao corte decidido um dia antes pela Reserva Federal dos EUA.
Wall Street dispara com emergência nacional
As bolsas norte-americanas dispararam nos minutos finais de negociação, depois de Donald Trump ter decretado estado de emergência nos EUA.

O S&P 500 escalou 8,1%, a maior subida diária desde outubro de 2008.
Bolsa do Brasil ganha quase 14% na maior subida desde 2008

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou esta sexta-feira a subir 13,84% para os 82.631 pontos. Esta foi a maior subida desde 28 de outubro de 2008, quando disparou 14,66%.

 

A praça "canarinha" acompanhou os ganhos das principais praças internacionais, nomeadamente Wall Street, onde os principais índices avançaram mais de 9%, animados pela declaração do estado de emergência nacional por Donald Trump devido à pandemia do coronavírus Covid-19.


Apesar dos fortes ganhos de hoje, a praça brasileira acumulou uma perda semanal de 15,68%, a pior desde outubro de 2008, quando afundou 20% numa semana.


A notícia, mais tarde desmentida, de que o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro estava infetado com o Covid-19, limitou os ganhos durante as primeiras horas de negociação. Mas o anúncio de estímulos por vários países acabou por animar os investidores.

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