As acções da Yukos foram hoje suspensas, estando agendadas para retomar à negociação às 11h43m, após terem deslizado mais de 20% na sessão desta manhã, depois da empresa ter revelado que o Estado russo voltou a tomar o controlo da sua principal unidade de produção, a Yuganskneftegaz, aumentando os receios de que esta venha a ser vendida para saldar as dívidas da Yukos.

A Yuganskneftegaz representa 60% da produção da Yukos, pelo que a hipótese de venda deste activo fez com que as acções da petrolífera afundassem, sendo mesmo suspensas da negociação. As acções chegaram a cair um máximo de 20%, para 3,50 dólares.

Na praça de Moscovo, os títulos são obrigatoriamente suspensos quando a sua variação, ascendente ou descendente, é de mais de 10%.

Na sexta-feira um Tribunal russo tinha declarado que a intenção do Governo de confiscar e vender a Yuganskneftegaz, principal unidade de produção da Yukos na Sibéria, era ilegal. No entanto, hoje as acções desta unidade voltaram a ser congeladas pelo Estado, que poderá ir avante com a intenção de vender os activos para cobrir a multa fiscal de 3,4 mil milhões de dólares (2,77 mil milhões de euros) aplicada à Yukos.

A justificação dada pelo Ministério da Justiça para retomar o controlo da unidade de produção foi a de que o Yuganskneftegaz faz parte de um porta-folío de investimento e não um é activo principal. Na sexta-feira o Tribunal tinha ordenado que a cobrança da dívida fosse feita primeiro confiscando dinheiro e activos não operacionais.